O Brasil permanece como segundo maior produtor de soja do mundo na safra 2018-2019, com produção de 114,843 milhões de toneladas da oleaginosa, área plantada de 35,822 milhões de hectares e produtividade de 3.206 kg/ha, de acordo com dados da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento. O primeiro lugar na produção de soja no mundo é do Estados Unidos que na última safra produziu 123,664 milhões de toneladas do grão, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – USDA.
O papel de uma assistência técnica efetiva e de qualidade é fundamental para a uma boa produtividade com sustentabilidade, o que contribui para a colocação do Brasil como segundo maior produtor mundial de soja. Nesse sentido, o programa de agricultura familiar da Cargill, executado pelo Instituto BioSistêmico há oito safras, tem contribuído de forma significativa, para levar conhecimento e qualificação técnica para agricultores familiares de diferentes regiões do Brasil, que produzem soja em pequenas áreas.
Na safra 2018-2019, o programa atendeu 2.367 agricultores familiares individuais nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Foram 3 milhões de sacas de soja produzidas e mais de 68 mil hectares acompanhados nos cinco Estados atendidos. De acordo com a equipe técnica, foi uma safra que, no geral, transcorreu com algumas adversidades climáticas, com uma produtividade razoável, principalmente no Paraná e em Goiás, que alcançaram produtividades em torno de 60 sacas por hectare.
“Foi uma safra sem grandes dificuldades, mas com problemas pontuais devido principalmente a algumas regiões terem sofrido com chuvas irregulares, o que acarretou diminuição de produção nessas áreas”, afirmou o consultor Marcio Miranda, que atua na assistência técnica no Estado de Goiás.
O consultor Silveli da Silva, que também atua na assistência técnica do programa em Goiás, complementou que era grande a expectativa para a safra 2018-2019, mas a falta de chuva nos meses de dezembro e janeiro em algumas regiões fez com que a produtividade caísse significativamente. “Apesar disso, tivemos a produtividade razoável, mostrando a qualidade genética do material utilizada nos dias de hoje”, pontuou.
A estiagem durante a safra também prejudicou a produtividade nos Estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. A média colhida por Estado, entre os produtores atendidos, foi a seguinte: GO – 63,65 sc/ha, PR – 62,69 sc/ha, MG – 59,17 sc/ha, SC – 54,40sc/ha e MS-45,62 sc/ha.
“Em relação às pragas, recomendamos inseticidas fisiológicos, que garantem um maior tempo de ação e por ser seletivo não afeta os inimigos naturais das pragas. Não houve caso de grandes infestações de percevejos, mas algumas lavouras tiveram infestações mais severas de lagartas, o que foi combatido com controle químico mais intenso”, relatou o consultor Paulo Israel Mudrei, que atua na assistência técnica do programa no Paraná.
Paulo acrescentou que não houve grande incidência de ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) durante a safra. “Isso se deve ao fato de que as condições climáticas não foram favoráveis para o desenvolvimento da doença, além da eficiente utilização de fungicidas sistêmicos no tratamento preventivo da doença, com produtos de qualidade, respeitando sempre o intervalo de aplicação adequado”, destacou.
Além da assistência técnica realizada para os agricultores familiares, o programa proporciona aperfeiçoamento técnico por meio de palestras coletivas e ferramentas que facilitam e colaboram para a eficiência da gestão das lavouras. Na Safra 2018 -2019, o tema da palestra foi Controle Biológico na Cultura de Soja, e a Cargill e o IBS distribuíram, como de costume, o pluviômetro e os diários de campo. Tudo com o objetivo de aprimorar o conhecimento dos agricultores para que possam aumentar a produtividade de suas lavouras, assim como prepará-los para que tenham boas alternativas de ação frente às adversidades de cada safra.
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Instituto BioSistêmico e Cargill promovem palestras sobre controle biológico na cultura de soja
