Com o objetivo de auxiliar os produtores do programa de agricultura familiar da Cargill no monitoramento das lavouras de soja, a Cargill e o Instituto BioSistêmico (IBS) distribuíram o Kit de MIP (Monitoramento Integrado de Pragas) de Soja, no início da safra 2019/2020. Composto de pano de batida e caderneta, o Kit de MIP de Soja foi distribuído juntamente com as orientações de como utilizá-lo.
“Esse kit auxilia o produtor a realizar o controle ideal no momento certo, verificando quando há uma população de pragas que pode trazer risco de perdas econômicas. A partir da amostragem, atingindo uma quantidade pré-estabelecida para um dano econômico, o produtor entra com o controle apropriado, reduzindo e até mesmo erradicando a população da praga”, explica o engenheiro agrônomo Alexandre Rio, que atua pelo programa no Estado do Paraná.
Existem vários métodos de amostragem que podem ser utilizados no monitoramento dos insetos e seus danos na cultura da soja, tais como, pano-de-batida, exame de plantas e exame de amostras de solo, segundo a Embrapa. O método de amostragem mais utilizado para o monitoramento das lagartas desfolhadoras, dos percevejos sugadores de sementes e insetos de um modo geral, inclusive alguns inimigos naturais presentes na cultura da soja, é o pano-de-batida.
“Hoje em dia, com avançada tecnologia de produção da soja, mas com o alto custo de produção, a margem de lucro depende muito do controle dos custos de produção. Portanto, o tradicional e simples método de contagem via pano-de-batida ainda é uma das alternativas mais acessíveis e úteis para o monitoramento de pragas nas lavouras. Com isso, o produtor pode reduzir custos com inseticidas, já que, com essa técnica, a aplicação dos produtos será feita de forma mais racional”, destaca a diretora da unidade IBSagro Priscila Callegari.
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) constitui um plano de medidas voltadas para diminuir o uso de agrotóxicos na produção convencional, buscando promover o equilíbrio nas plantas e monitorar as pragas evitando, ao máximo, o uso desses produtos no sistema. Assim, existe uma preocupação em se utilizar agrotóxicos apenas quando a população dos organismos que causam problemas nas plantações atingir um nível de dano econômico (em que as perdas de produção gerem prejuízos econômicos significativos), diminuindo a contaminação do ambiente.
