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História de jovem produtor de pitaia inspira outros jovens do projeto Conexão Mata Atlântica

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O jovem engenheiro civil Rafael Seicho Yonamine Camargo voltou às origens, ao sítio da família, no município de Pedro de Toledo-SP, em 2015, para concretizar o sonho de ter o seu próprio negócio.  Como beneficiário do projeto Conexão Mata Atlântica, ele foi atendido pela equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) do Instituto BioSistêmico (IBS), entre os anos de 2018 e 2023.

Rafael resolveu empreender a partir da experiência de seus pais com cultivo de alimentos e, depois de muito pesquisar o que seria viável plantar para comercializar, ele decidiu cultivar pitaia. “Pesquisei de diversos modos: a pitaia, o comércio, o cultivo, o mercado, como funcionava a exportação, tudo em detalhes. Sou pioneiro aqui na região do Vale do Ribeira no cultivo da fruta”, relata o produtor.

Atualmente, o sítio conta com mais de 3.000 pés de pitaia. Rafael incrementou a infraestrutura com duas câmaras frias que garantem a qualidade e a preservação das frutas, permitindo que o produto seja entregue no momento certo.

Toda a energia utilizada na propriedade é gerada por placas solares, um investimento que contou com recursos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Conexão Mata Atlântica. Com recursos das Cadeias de Valor Sustentável (CVS) do projeto, ele investiu em equipamentos e insumos que contribuíram para impulsionar a produção.

A partir da orientação da equipe do IBS e com recursos do Projeto Conexão Mata Atlântica em mãos, o produtor implantou a rastreabilidade da produção de pitaia. Ele destaca que o projeto é uma fonte de conhecimento importante para implantar melhorias na sua atividade.

Gincana Jovem Empreendedor Conexão Mata Atlântica

O sítio da família foi palco de uma visita técnica durante a Gincana Jovem Empreendedor Conexão Mata Atlântica, promovida pelo IBS entre os meses de abril e julho de 2023.

Os jovens filhos de produtores atendidos no projeto tiveram a oportunidade de conhecer o sistema produtivo de cultivo de pitaia implantado por Rafael, um exemplo prático de como é possível alcançar o sucesso no campo.

“Foi interessante ver como todos puderam compreender o trabalho árduo realizado pelo Rafael, incluindo os desafios enfrentados por ele. Ele também nos mostrou as possibilidades e a forma correta de trabalhar na cultura da pitaia”, destaca a engenheira agrônoma Érika Fujita, consultora do IBS que coordenou as ações da gincana.

Érika acrescenta que a história do Rafael é inspiradora, demonstrando aos jovens e suas famílias que, com dedicação e visão empreendedora, é possível alcançar grandes resultados na propriedade.

Para Rafael, foi uma experiência gratificante compartilhar seu conhecimento e o diferencial do seu modelo de negócio com outros jovens. “Tentei passar para eles que não adianta ser apenas agricultor. É fundamental ser empreendedor, saber vender e se comunicar com o cliente, estar atualizado sobre o mercado em que estamos atuando”, destaca o produtor.

A jovem Lilian Gabriella Francesconi Costa foi uma das participantes da gincana e ficou entusiasmada ao conhecer a história do Rafael e sua dedicação em tornar o sítio da família em um negócio próspero.

“Gostei muito de ter conhecido o sítio da família do Rafael e de ter participado das atividades da gincana. Eu aprendi sobre a importância de gerenciar bem um sítio: cada detalhe é importante registrar, tem que conhecer bem seu terreno”, afirma Lilian Gabriella.

Ela afirma que está empenhada em criar uma planilha online, a partir dos ensinamentos que obteve durante a gincana, para que a família possa se organizar melhor em relação à gestão do sítio, que produz grande diversidade de frutas como banana, laranja, jabuticaba, abacate e jenipapo, tudo vendido fresquinho na banca da família na feira de Peruíbe.

Sobre o projeto

Projeto de recuperação e proteção dos serviços do clima e da biodiversidade do corredor sudeste da Mata Atlântica brasileira, o Conexão Mata Atlântica foi executado pela Fundação Florestal e pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), no Estado de São Paulo. A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) esteve à frente da gestão dos recursos e o financiamento foi do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com recursos do Global Environmental Fund (GEF).

De 2018 a 2023, o Instituto BioSistêmico executou a assistência técnica e extensão rural do projeto, na região do entorno do Parque Estadual Serra do Mar – NITA. Nesta região, foram atendidos cerca de 360 produtores nos municípios de Itariri, Miracatu, Pedro de Toledo e Peruíbe, abrangendo uma área de 69.968 hectares.

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