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Artigo sobre ATER produzido por integrantes do IBS é publicado em livro científico

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Reflexões sobre assistência técnica digital e inovação para agricultura familiar: prestação de serviços de assistência técnica pós-covid-19 e desenvolvimento rural sustentável. Este foi o tema do recente artigo publicado no capítulo 55 do livro Pesquisa de Ciência Aberta XIII da Editora Científica Digital.

O artigo é assinado por quatro integrantes do Instituto BioSistêmico (IBS): o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), Claudio Pinheiro, o gestor Kleber Pettan, o diretor-presidente Ricardo Cerveira e o gestor Sidnei Niederle. Além de pesquisarem o tema, os autores atuam diretamente com demandas de ATER.

A proposta do material é discutir os desafios e avanços da ATER digital, como possível ferramenta complementar aos serviços de assistência técnica e extensão rural tradicionalmente oferecidos no Brasil.

Antes de ser publicado, o estudo foi apresentado durante o 61º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER), evento realizado em julho de 2023, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), na cidade de Piracicaba – SP.

Conforme explica Kleber Pettan, o artigo é derivado de uma consultoria realizada para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), durante a pandemia de Covid-19. Ele pontua que o artigo é importante porque captou, durante a pandemia, as estratégias e alternativas que as empresas de ATER – públicas, privadas e do terceiro setor, estudadas no âmbito nacional e internacional – buscaram para continuar oferecendo os serviços de ATER aos produtores rurais.

“Neste contexto, descobriu-se que muitas organizações, incluindo o IBS, já utilizavam, antes da pandemia, as ferramentas e recursos disponibilizados pelas tecnologias de informação e comunicação” destaca Pettan.

De acordo com ele, foram selecionadas 38 organizações – públicas, privadas e do terceiro setor – que atendem a agricultura familiar no Brasil, na América Latina e no Caribe. Das 38 organizações selecionadas, foi feito um recorte e estudadas 17 experiências de estratégias, métodos, casos, ferramentas e plataformas digitais utilizadas na prestação de serviços de ATER e ações de transferência de tecnologia para agricultores familiares.

Embora o processo de incorporação de ferramentas de comunicação e de digitalização no serviço de ATER não seja recente, os autores reforçam a ideia de que a pandemia de Covid-19 acelerou este processo.

“Foi uma necessidade material mesmo, ou seja, a necessidade de manter a comunicação entre extensionistas rurais e produtores em condições adversas. O Instituto BioSistêmico, por exemplo, já vinha ampliando seus esforços no desenvolvimento de ferramentas digitais para apoiar o trabalho de ATER, e o contexto da pandemia reafirmou a assertividade desta estratégia”, explica Sidnei Niederle.

O gestor de projetos de Ater do IBS afirma que a conectividade se apresentou como um limitador para a utilização de ferramentas digitais em determinadas comunidades rurais. “Não basta desenvolver as melhores ferramentas digitais ou apenas fazer difusão de conteúdo. ATER digital pode ampliar o alcance do serviço, dinamizar atividades e favorecer o engajamento de pessoas. Mas constatamos que a presença física do extensionista em uma comunidade rural ainda é fundamental”, ressalta.

Niederle pontua que o artigo não busca encerrar uma discussão ou encontrar respostas conclusivas, e sim refletir sobre as possibilidades e potencialidades da ATER digital como meio de qualificar a ação do extensionista. Este tem papel de mediação, mobilização e articulação e é fundamental que utilize ativamente as ferramentas da ATER digital.

Para conferir o artigo na íntegra, clique aqui!

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