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Agricultores familiares inauguram agroindústria em Pedro de Toledo-SP

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Um dia histórico e emocionante para os agricultores familiares de Pedro de Toledo, na Baixada Santista. Assim foi a inauguração da agroindústria da Associação dos Empresários Rurais de Pedro de Toledo, na quinta-feira, 13 de julho.

A construção da agroindústria é fruto de um incentivo da Cadeia de Valor Sustentável para Organizações de Produtores Rurais do Projeto Conexão Mata Atlântica (Chamada Pública Finatec/GEF 002/2019), no valor total de R$ 320 mil.

Promovida pelo Conexão Mata Atlântica juntamente com a associação e o Instituto BioSistêmico (IBS), a cerimônia de inauguração contou com a participação de produtores, autoridades locais, representantes do projeto e do IBS.

“Essa é uma grande conquista para os agricultores de Pedro de Toledo. Com a agroindústria, vamos agregar valor aos produtos, além de diminuir as perdas pois o excedente da produção poderá ser beneficiado e armazenado por mais tempo”, afirma o presidente da Associação, Josué Moreira.

A agroindústria foi equipada com fogão industrial, desidratador elétrico, despolpadeira elétrica, fritadeira a gás, freezers e refrigeradores, pias de duas cubas de aço inoxidável e mesas de aço inoxidável.

Serão produzidos inicialmente doces de frutas, polpas diversas, chips de banana, mandioca e inhame, além de mandioca e palmito embalados à vácuo. A expectativa é colocar produtos processados de qualidade no mercado, com participação ativa dos agricultores que foram treinados em capacitações de boas práticas de processamento de frutas e olerícolas.

“Esta agroindústria é um símbolo de prosperidade e resiliência. É um testemunho do poder da união e do compromisso em fazer a diferença. Os agricultores aqui presentes são verdadeiros heróis, que se dedicaram a transformar seus terrenos em um oásis de biodiversidade e sustentabilidade”, destaca a engenheira florestal Thais Lima, responsável pela coordenação das atividades do IBS no Conexão Mata Atlântica.

Durante a abertura da solenidade, a diretora de agricultura e meio ambiente do IBS, Priscila Callegari, desatacou a importância do projeto Conexão Mata Atlântica.

“Além de apoiar os agricultores com maquinário essencial para montar esta agroindústria, o projeto desempenhou um papel fundamental na obtenção de certificações orgânicas. Essas certificações são um testemunho do nosso compromisso com a produção sustentável e de alta qualidade”, salienta Priscila.

Após a inauguração, os convidados puderam prestigiar uma mostra com grande variedade de produtos provenientes de propriedades atendidas pelo IBS no projeto. Frutas, hortaliças, inhame, mandioca, farinha de mandioca, colorau, mel, cacau e chocolate foram alguns dos produtos expostos.

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Além da mostra, a programação contou com a premiação da Gincana Jovem Empreendedor do Projeto Conexão Mata Atlântica. Uma ação desenvolvida pelo IBS nos meses de abril, maio e junho, que buscou incentivar a participação de filhos de produtores no processo produtivo e de gestão da propriedade. Foi uma maneira de demonstrar que a sucessão familiar é viável e que os jovens podem contribuir para o desenvolvimento sustentável das propriedades de suas famílias.

Projeto Conexão Mata Atlântica

Para Joaquim do Marco Neto, gestor do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Itariru  (PESM-NITA)/ Fundação Florestal, as ações do Projeto Conexão Mata Atlântica, além de proporcionarem benefícios diretos aos agricultores e à economia da região, contribuem expressivamente para a sustentabilidade da zona de amortecimento do PESM-NITA, por estarem alicerçadas em um forte processo de capacitação continuada de diferentes públicos dos municípios envolvidos com a unidade de conservação e baseada em princípios fundamentais de conservação.

“As experiências do projeto e as ferramentas utilizadas para o seu desenvolvimento, agora consolidadas também com a agroindústria inaugurada, são de extrema relevância e devem servir como modelo a ser replicado aos municípios e a outras áreas protegidas”, acrescenta Joaquim.

O Conexão Mata Atlântica é um projeto de recuperação e proteção dos serviços do clima e da biodiversidade do corredor sudeste da Mata Atlântica brasileira. No Estado de São Paulo, é desenvolvido pela Fundação Florestal e pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility – GEF).

Desde 2018, o Instituto BioSistêmico executa a assistência técnica e extensão rural do projeto, na região do entorno do PESM-NITA. Nesta região, são atendidos 310 produtores nos municípios de Itariri, Miracatu, Pedro de Toledo e Peruíbe, abrangendo uma área de 69.968 hectares.

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