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Produtores rurais do Projeto Conexão Mata Atlântica recebem certificados de qualidade da produção orgânica

Produtores rurais de mel, hortaliças e frutas das regiões do Vale do Ribeira e Vale do Paraíba, participantes do Projeto Conexão Mata Atlântica, receberam os certificados de validação que atestam a qualidade de produção orgânica, de acordo com o Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica (SisOrg).

Os primeiros documentos foram entregues para 17 agricultores de Itariri, Pedro de Toledo, São Luiz do Paraitinga, Miracatu e Natividade da Serra, selecionados anteriormente pelo Edital de apoio à certificação para receber assistência técnica, apoio financeiro e certificação custeada pelo Projeto Conexão Mata Atlântica.

Para os beneficiários do Núcleo Itariru, a certificação orgânica vem coroar todos os esforços dispensados ao longo dos três anos de trabalho de campo. De acordo com a produtora, Marilene Reis e seu esposo Antônio Reis, do Sítio Pica Pau em Itariri, “a certificação foi um desafio enfrentado dia a dia, e receber o certificado foi o bônus de um trabalho feito com muita dedicação, gratidão por participar do Projeto Conexão Mata Atlântica”.

Já a agricultora de São Luiz do Paraitinga, Maria Aparecida Teodoro dos Santos, esposa do Orlando Mariano que é beneficiário do projeto, também certificada, afirmou: “Foi uma caminhada importante na nossa vida de agricultura e agora me sinto fortalecida e reconhecida por meu trabalho em parceria com a natureza”.

Certificação Orgânica é o procedimento pelo qual uma empresa certificadora assegura que determinado produto, processo ou serviço obedece às normas e práticas orgânicas. O registro comprova que no produto há a qualidade e a saúde que o consumidor espera – sem agrotóxicos, sem modificações genéticas.

Priscila Callegari, diretora de agricultura do Instituto BioSistêmico (IBS), afirma que a certificação orgânica é uma enorme conquista, que reflete todo empenho dos produtores no que se refere à organização e à profissionalização da atividade. “Com este reconhecimento, esses produtores têm uma chancela que garante a procedência ao consumidor final, garantindo um produto limpo e que, ao mesmo tempo, preserva o meio ambiente”, destaca.

Para que um produto possa ser considerado orgânico, sua produção precisa cumprir regras como respeito ao meio ambiente e uso de adubos não nocivos, entre outros.

Segundo o coordenador técnico da Associação Biodinâmica (ABD) Marcelo Ribeiro, todo este processo reflete diretamente na conservação da Mata Atlântica e impacta de maneira positiva na Unidade de Conservação local, neste caso, no Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar.

Daniela Coura da Akarui, parceira da Associação Biodinâmica (ABD), ressalta que o selo orgânico, além de permitir a venda dos produtos por um preço melhor para o produtor, permite uma expansão na clientela dos agricultores, que atualmente trabalham com os mercados locais diferenciados

Os orgânicos são, normalmente, mais caros que os convencionais. Entre os motivos para a diferença está a baixa escala de produção que, muitas vezes, está relacionada à forma de manejo, por exemplo, com insumos agrícolas mais naturais.

A engenheira agrônoma Ana Rezende de Matos destacou que atualmente um produto certificado orgânico é vendido por um valor 30% superior ao produto convencional e a demanda segue em constante crescimento. “Quando este reconhecimento acontece no campo, o agricultor se sente valorizado e se compromete com o manejo ecológico da propriedade”, afirma.

Clique aqui e confira a Lei que regula os produtos orgânicos, criada em 2003.

 

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