O cenário é favorável para a safra de soja 2016/17 no Brasil que, segundo as previsões, poderá ultrapassar 100 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) prevê até 104 milhões de toneladas para o período. Um dos pontos positivos deste ano é o plantio e o clima sinaliza condições bem mais favoráveis do que as de 2015. Por causa da seca no ano passado, o plantio foi tardio em várias regiões, adiando a colheita e dificultando até a safrinha de milho.
No início de novembro, o plantio de soja no Brasil já havia ultrapassado a metade da área estimada para a safra 2016/2017 que é de 34,1 milhões de hectares. Desse total, já tinham sido plantados 52,5% até o dia 04/11, o que corresponde a cerca de 18 milhões de hectares. No ano passado, o Brasil semeou 42,3% da área total neste mesmo período e a média histórica no país é de 48,7% para esse ciclo. Os dados são da consultoria Safras & Mercado.
Os Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul acompanham esse cenário e já haviam plantado mais da metade da área estimada para esta safra até o início de novembro. Nos dois Estados, o Instituto BioSistêmico (IBS) executa o programa de agricultura familiar da Cargill (Selo Combustível Social), realizando assistência técnica a agricultores familiares que cultivam soja para produção de biodiesel.
De acordo com o consultor do IBS, Murilo Sarausa, que atua no programa da Cargill, o MS deve encerrar o plantio em meados de novembro e a expectativa para o Estado é de um ano de maior produção, apesar do clima que costuma oscilar entre veranicos e períodos de chuvas.
“É importante observar o plantio e a adubação correta, pois um plantio mal feito se torna caro para refazer e caso não seja refeito afeta a produção final desejada. Questões de pragas e doenças ainda temos soluções boas até o presente momento, acertando o chamado “time” de aplicação, que seria o tempo correto de entrada com os defensivos”, explica Murilo Sarausa.
No Paraná, a expectativa é de uma boa produção. O clima é mais estável com chuvas regulares e, com os índices pluviométricos mais altos, aumenta o alerta para a ocorrência da ferrugem asiática, espécie de fungo que se prolifera com mais facilidade com o tempo úmido. Apesar da predominância da regularidade das chuvas na região, há previsão de veranicos para o primeiro trimestre de 2017, de acordo com o consultor do IBS, Marcio Rosso, que atua nas cidades paranaenses.
“Após o plantio, iremos reforçar na assistência técnica aos agricultores o monitoramento constante das áreas para que possam tomar as melhores decisões sobre o manejo de pragas e doenças. Dessa forma, garante-se uma melhor eficiência dos produtos e diminui-se os custos. O bom manejo é base para uma lavoura rentável. É salutar o uso de bons produtos, porém, o manejo precisa ser no mesmo nível”, ressalta Marcio Rosso.
