Equipe de pesquisadores do Laboratório de Agronegócio (LAG) da Unicamp participaram do workshop interno e do workshop externo do projeto Regenera Cerrado, entre os dias 22 e 24 de agosto, em Rio Verde, no estado de Goiás.
Coordenada pelo Professor Dr. Christiano França da Cunha – docente da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (FCA/Unicamp), que funciona no campus de Limeira (SP), a equipe é composta pelo diretor do Instituto BioSistêmico (IBS), Ricardo Cerveira – aluno de doutorado em administração da PPGAdm/FCA e Georgia Bertoni Pompeu – graduanda do curso de Administração da FCA.
Essa equipe integra o projeto Regenera Cerrado no desenvolvimento do objetivo 2, que propõe um levantamento da percepção dos produtores rurais da região sobre o uso de práticas de agricultura regenerativa, em particular o uso de bioinsumos.
No dia 23/04, a equipe apresentou os resultados preliminares do objetivo 2 na programação do workshop interno, evento que reuniu pesquisadores de todos os objetivos desenvolvidos no projeto.
“Os resultados apresentados referem-se à análise qualitativa de seis entrevistas semiestruturadas, realizadas com os produtores parceiros do projeto, no início de janeiro de 2023 e mostram a percepção deles quanto à adoção do uso dos bioinsumos em suas propriedades”, explica Georgia.
Ela acrescenta que, nas pesquisas, foram destacados conceitos como o conhecimento, a relação custo-benefício, a especificidade de ativos, os influenciadores, a regulamentação e a independência quanto à produção on farm dos bioinsumos.
De acordo com o Professor Christiano, “nota-se que esta primeira etapa qualitativa da pesquisa de percepção serviu de uma análise exploratória, que visou direcionar os principais conceitos que deverão ser aprofundados em uma próxima fase deste estudo, a pesquisa quantitativa”.
Dessa forma, para já dar andamento na próxima fase deste estudo, no dia 24/08, durante a realização do workshop externo do Regenera Cerrado, a equipe iniciou a aplicação de uma pesquisa quantitativa on line entre os produtores rurais presentes no evento realizado no auditório da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Rio Verde.
O Professor ressalta que a pesquisa tem como objetivo complementar, de forma quantitativa, as informações obtidas nas entrevistas qualitativas feitas presencialmente, para atingir um melhor entendimento sobre a percepção dos produtores quanto a adoção do uso de bioinsumos.
“Para isso é fundamental que um número elevado de produtores rurais responda o questionário, para que as informações obtidas, a partir dos dados analisados, possam ser utilizadas de forma a complementarem os resultados qualitativos”, reforça Georgia.
Convênio entre Unicamp e IBS
O Instituto BioSistêmico tem convênio com a Unicamp por meio do Laboratório de Agronegócio (LAG), a partir do qual são desenvolvidos estudos em diferentes projetos executados pelo IBS no país.
“Este convênio do LAG e o IBS tem sido muito produtivo, gerando uma grande gama de conhecimento para este importante setor da economia Brasileira, assim como proporcionando uma maior divulgação deste conhecimento produzido neste laboratório para este setor” explica o docente da Unicamp.
Conforme pontua o diretor do IBS, Ricardo Cerveira, o Regenera Cerrado é mais um desses projetos alvo de estudos da equipe do LAG.
“Nesta parceria com a Unicamp, o IBS se aproxima ainda mais das pesquisas recentes no setor do agronegócio, além de desempenhar um papel importante ao compartilhar experiências identificadas na execução de projetos de desenvolvimento do meio rural por todo o Brasil”, destaca Cerveira.
Sobre o projeto
O Regenera Cerrado tem como objetivo disseminar técnicas de agricultura regenerativa, respaldadas cientificamente e que sirvam de exemplo escalável de produção de soja e milho para o Brasil e para o mundo.
Criado no Instituto Fórum do Futuro, em 2022, o Regenera Cerrado conta com o patrocínio da Cargill, execução operacional do Instituto BioSistêmico (IBS) e parceria de 10 instituições nacionais e 12 fazendas da região no entorno do município de Rio Verde, no sudoeste de Goiás.
As instituições parceiras no projeto são a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS), o Grupo Associado de Pesquisa do Sudoeste Goiano (GAPES), o Instituto Federal Goiano, a Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de Brasília (UnB).