Um dos mais importantes eventos sobre a produção de biodiesel na cadeia produtiva da agricultura familiar ocorreu essa semana em Guarulhos-SP com o objetivo de discutir o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. É o 2º Congresso AGRIBIO que teve a participação da engenheira agrônoma do Instituto Biosistêmico, Priscila Terrazzan com equipe da Cargill S.A. O IBS participa do programa nacional do biodiesel em parceria com a Cargill atendendo uma média de 1500 agricultores familiares nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Pará. O programa é uma ação interministerial criada em 2004 para implementar a produção e uso do biodiesel no país.
A meta é o B10
O 2º Congresso AGRIBIO foi organizado pelo portal Biodiesel BR em parceria com o MDA- Ministério do Desenvolvimento Agrário. Participaram principalmente produtores e empresas que possuem o Selo Combustível Social que oferece incentivos como diferenciação ou isenção nos tributos PIS/Pasep e Cofins, participação de 80% do biodiesel negociado em leilões públicos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e acesso a melhores condições de financiamento. A ampliação do número de famílias e elevação de renda é o objetivo do programa que, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) atende quase 100 mil produtores familiares.
O programa começou com a mistura de 2% na gasolina que em 2010 foi elevada para 5% com previsão de adição de 7% em 2013 – ainda em negociação. Há previsão de aumento gradual até chegar a 10% (B10) em 2020. “Um espaço com debates importantes para programa que o IBS atua. O programa se mostra consolidado, com resultados muito interessantes até agora”, afirma Terrazan que também observou a importância de palestra da ABIOVE – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais.
Com tendência de alta nos preços do diesel importado, a ABIOVE aponta necessidades de se propor soluções para que o programa do biodiesel seja também efetivo nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, afinal, dados da ANP – Agência Nacional do Petróleo mostram que as regiões Centro-Oeste e Sul respondem juntas, por mais de 75% da produção nacional, só em seguida vem as regiões Nordeste e Sudeste. O óleo de soja participa do programa com 73%.