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IBS completa três rodadas de manejo reprodutivo no projeto Leite Seridó

A maioria dos produtores nunca havia realizado exame de ultrassom no rebanho.

Os atendimentos de manejo reprodutivo do projeto Leite Seridó estão contribuindo para preparar de forma mais adequada os rebanhos leiteiros para o melhoramento genético.

A segunda e a terceira rodadas de manejo reprodutivo foram realizadas pelo Instituto BioSistêmico (IBS) entre os meses de julho e setembro nos municípios de Serra Negra do Norte e Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte.

Nesses atendimentos, a equipe avalia a saúde das vacas, verifica se estão aptas a receber o protocolo para sincronização da ovulação para que possam ser inseminadas posteriormente. Além dessa avaliação e da realização do protocolo, é importante que o rebanho receba uma alimentação de qualidade, com uma mineralização adequada.

Antes de ingressar no projeto, a maioria dos produtores nunca havia feito exame de ultrassom no rebanho, o que é fundamental para verificar as condições reprodutivas do animal e tratar de possíveis doenças.

Esse é o caso do produtor Pedro Gabriel de Araújo, do sítio Logradouro das Várzeas, em Serra Negra do Norte. Ele ficou muito satisfeito com o resultado dos exames de ultrassom em seu rebanho, pois verificou-se que as vacas estão saudáveis.

Ajuste no sal mineral

No entanto, foi necessário ajustar o sal mineral ofertado aos animais, assim como tem sido feito em diversas propriedades atendidas no projeto, com o objetivo de melhorar os resultados de IATF e a saúde das vacas. A deficiência de minerais pode causar vários problemas ligados à reprodução, como redução da fertilidade, aborto, nascimento de bezerros fracos ou mortos e retenção de placenta.

No sítio Logradouro das Várzeas, de 17 vacas inseminadas, 10 emprenharam.

“Na primeira rodada de IATF, o resultado não foi bom. Mas depois de fazer as correções no sal e na dieta das vacas, tivemos um percentual de cerca de 60%, na segunda rodada de inseminação. Das 17 vacas inseminadas, 10 emprenharam, o que é considerado um ótimo resultado”, destaca Pedro Gabriel que nunca havia realizado IATF em seu rebanho até ingressar no projeto.

O produtor afirma que sempre pensou em iniciar o melhoramento genético do rebanho e o projeto tem sido uma excelente oportunidade para ele alcançar esse objetivo. “Espero em breve ter uma melhor produção de leite por vaca. Neste ano, devido à seca e falta de volumoso, nossa média está em torno de 230 litros de leite por dia. Em anos normais, produzimos 320 litros por dia”, relata.

De acordo com o médico veterinário Fabio Spinelli, consultor do IBS que realiza os atendimentos de manejo reprodutivo, o caso do produtor Pedro Gabriel é bastante representativo, pois os produtores estão seguindo as orientações das equipes do IBS e melhorando seus resultados.

“Entre os desafios a serem superados, estão a condição de escore corporal dos animais, além da dificuldade do fornecimento de um sal mineral de qualidade que atenda às necessidades dos animais. Em grande parte das propriedades já conseguimos observar uma mudança no manejo nutricional e reprodutivo dos animais”, afirma o médico veterinário.

Sobre o Projeto Leite Seridó

Concebido e executado pelo Instituto BioSistêmico, o projeto Leite Seridó conta com apoio de recursos da Fundação Zoetis e do Sebrae/RN. A iniciativa busca promover o desenvolvimento da pecuária leiteira num total de 100 propriedades, com perfil de agricultura familiar, na região do Seridó, no estado do Rio Grande do Norte, região Nordeste do Brasil.

Propõe um conjunto de atividades e recursos de assistência tecnológica, estruturados e modulados em quatro eixos temáticos voltados à melhoria do processo produtivo: boas práticas, manejo reprodutivo, manejo nutricional e manejo sanitário.

O projeto utiliza a metodologia CheckMilk, que conta com uma plataforma com sistema de gestão e aplicativo para as equipes técnicas e para os produtores. O sistema facilita a gestão do projeto e o aplicativo auxilia o produtor no dia a dia, como um suporte, uma extensão da consultoria do IBS que pode ser acessada a qualquer hora na palma da mão.

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