Priscila Callegari concede entrevista sobre agricultura regenerativa, no primeiro dia de campo do projeto.
No coração do sudoeste goiano, produtores rurais e pesquisadores estão fazendo história, no projeto Regenera Cerrado, integrando 12 fazendas que servem como laboratórios vivos para o desenvolvimento e avaliação de práticas agrícolas regenerativas. As equipes de pesquisa do projeto mergulham na rotina das propriedades, coletando dados para comprovar com método científico a viabilidade e eficácia dessas práticas.
Onze objetivos específicos guiam as ações do projeto, com um foco central: disseminar técnicas de agricultura regenerativa com respaldo científico e transformar a região em referência global de produção sustentável de alimentos.
Nesse sentido, o objetivo 10 desempenha um papel fundamental que é divulgar os resultados do projeto para sensibilizar e orientar outros agricultores sobre a importância e a viabilidade da agricultura regenerativa. Assim como o objetivo 10 passa por todos os outros, o 11 também tem essa característica abrangente para dar suporte à integração de todas as áreas e garantir o bom andamento do projeto.
“O Regenera Cerrado é um projeto de grande magnitude que exige atenção especial em todos os seus pontos e na integração dos seus objetivos. O nosso papel é integrar esses objetivos para que possamos ver a sinergia entre os resultados. Para isso, é fundamental proporcionar um espaço para que desenvolvam essa discussão e construam um resultado global para o projeto, indo além dos resultados individuais de cada objetivo”, explica Priscila Callegari, diretora de agricultura e meio ambiente do Instituto BioSistêmico (IBS), que atua na execução operacional do projeto e coordenação dos objetivos 10 e 11.
Callegari acrescenta que, através da divulgação dos resultados obtidos com a agricultura regenerativa, o projeto espera inspirar outros produtores a adotarem as práticas sustentáveis em suas propriedades.
A equipe dos objetivos 10 e 11 tem realizado eventos importantes para o debate e promoção da agricultura regenerativa, assim como tem divulgado conteúdo estratégico nos boletins técnicos, redes sociais do projeto, nas matérias publicadas no site do Instituto Fórum do Futuro. Além disso, a equipe está empenhada em estreitar relação com a imprensa, destacando para a sociedade informações relevantes sobre o projeto e o potencial da agricultura regenerativa no Bioma Cerrado. No quadro abaixo, você confere um resumo detalhado das divulgações feitas até o momento.
Operacionalização do projeto
O projeto possui um escopo definido e um prazo específico para o cumprimento das atividades nas diferentes etapas. Cada objetivo possui metas e indicadores específicos que são monitorados ao longo do tempo. Esse controle rigoroso garante a execução eficiente do projeto dentro do orçamento e do prazo estabelecidos.
“Para garantir a efetividade do projeto, é fundamental que a operacionalização seja impecável. Isso significa ter os materiais e insumos necessários no momento certo, disponibilizar bolsas de estudo e profissionais qualificados para cada etapa, e garantir que cada um desempenhe suas funções dentro do cronograma”, pontua Callegari.
Para a coordenadora dos objetivos 10 e 11, o grande desafio da equipe é criar um ambiente propício para que o Regenera Cerrado alcance seus frutos e contribua para a sociedade com informações sobre como colocar em prática a agricultura regenerativa. “Esse é apenas o primeiro passo e esperamos que o projeto possa ser expandido para outras regiões e biomas no futuro”, adianta.
Sobre o Regenera Cerrado
O Regenera Cerrado tem como objetivo disseminar técnicas de agricultura regenerativa, respaldadas cientificamente e que sirvam de exemplo escalável de produção de soja e milho para o Brasil e para o mundo.
Criado no Instituto Fórum do Futuro, em 2022, o projeto conta com o patrocínio da Cargill, execução operacional do Instituto BioSistêmico (IBS) e parceria de 10 instituições nacionais e 12 fazendas da região no entorno do município de Rio Verde, no sudoeste de Goiás.
As instituições parceiras no Projeto Regenera Cerrado são a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS), o Grupo Associado de Pesquisa do Sudoeste Goiano (GAPES), o Instituto Federal Goiano, a Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de Brasília (UnB).
Para mais informações sobre o projeto, acesse o site do Instituto Fórum do Futuro!