Dia de Campo em Caconde-SP
Nos meses de setembro e outubro, o Instituto BioSistêmico (IBS) realizou atividades coletivas para cafeicultores que integram o Programa de Promoção da Agricultura Familiar Sustentável na Cadeia Produtiva do Café da Chamada Pública 08/2013 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com realização de intercâmbio e capacitações, os dias de campo contaram com a participação das Unidades de Referência (UR’s) de Caconde, Divinolândia, Águas da Prata, espírito Santo do Pinhal e Socorro.
“Essas ações estão previstas na chamada pública e são extremamente importantes, pois os produtores incrementam o conhecimento técnico interagem entre eles, agregando ainda mais conhecimentos e experiências”, explica o técnico ambiental Junior Viana, que atua no apoio a coordenação das atividades do programa.
No dia 22 de outubro, foi realizado o dia de campo em uma UR de Águas da Prata de propriedade do Sr. Assis Sassaron. Segundo o técnico agropecuário Flávio Alves, que atua pelo IBS no programa, a intenção dessas ações é abrir os olhos dos produtores para métodos e técnicas de produção que possíveis na prática, contribuindo para uma produção maior e de melhor qualidade. Ele acrescentou que, nesses momentos, o contato e a troca de conhecimento entre os produtores fortalece a integração entre eles, o que pode contribuir para que conquistem em conjunto melhorias para os cafeicultores.
Dia de campo em Águas da Prata-SP
Em setembro, a atividade foi realizada na fazenda São José da Mangaratiba da família Figueiredo em Caconde-SP, com o apoio da Associação Café Orgânico Brasileiro (ACOB). “Os produtores de café que participaram são de duas regiões: Circuito das Águas Paulistas e Baixa Mogiana, ambas tradicionais em café, porém com perfis bem diferentes. A ideia é que os produtores pudessem trocar experiências entre si e com as palestras ministradas pela ACOB pudessem ser disseminadores de tecnologias e ideias em sua região”, destacou o engenheiro agrônomo Estevan Teodoro Santana, que atua no programa pelo IBS.
Os temas centrais desenvolvidos foram produção de cafés sustentáveis e o terraceamento como ferramenta de introdução de tecnologia na cafeicultura de montanha. “Como toda ideia nova gera resistência, foi de grande importância que os produtores pudessem ver um caso de sucesso do terraceamento, principalmente vindo de outro agricultor que apresentou a nova forma de cultivar café na ladeira”, pontuou Estevan.
Em complemento às informações de terraceamento, os produtores puderam ver em campo a possibilidade de mecanização de baixo custo nas lavouras, como a motomecanização com triciclos adaptados que realizam trabalhos nas lavouras. Também foram expostos equipamentos que podem facilitar os tratos culturais, principalmente na varrição, com um novo modelo de soprador que pode ser acoplado aos motores costais (roçadeiras com motor 2 tempos).
“Cada produtor levou um pouquinho do outro para casa, compartilhando seus casos de sucesso e suas frustrações, para servir de alerta. O sucesso da atividade foi tanto, que já surgiram as primeiras áreas com terraceamento na região do Circuito das Águas, região que ainda não o conhecia. E para região da Baixa Mogiana, alguns produtores já procuram formas de partir para a motomecanização”, complementou Estevan.
