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Com apoio da Cargill, Regenera Cerrado completa um ano com mais de 1.600 hectares pesquisados

O programa Regenera Cerrado, ação que tem por objetivo disseminar técnicas de agricultura regenerativa, com base científica e que sirvam de exemplo escalável de produção de soja e milho, acaba de completar um ano com excelentes resultados.

Recentemente, em um workshop realizado com produtores, pesquisadores, estudantes e representantes da sociedade, foram destacados os resultados preliminares das pesquisas realizadas nas fazendas participantes, que totalizam uma área de 1.614,98 hectares pesquisados. Nesse período do projeto, foi encontrada grande quantidade de insetos e artrópodes, o que indica boa qualidade de solo. Predadores como tesourinhas, aranhas e formigas desempenham papéis significativos no controle de pragas, como tripes, mosca branca, lagartas do gênero Spodoptera e percevejos.

Também foi possível identificar o uso de 49 produtos biológicos diferentes, demonstrando a diversidade de técnicas empregadas na região. Com isso, verificou-se a tendência de maior estabilidade no manejo de insetos nos sistemas onde são aplicados esses inseticidas biológicos, além de menor ocorrência de surtos populacionais.

Além disso, a partir dos estudos que envolvem a avaliação de fungos, bactérias, nematoides de solo e a pegada de carbono, foi considerada a criação de um banco de dados de análises texturais do solo para definir valores de referência para o manejo de solo em sistemas regenerativos e tradicionais. Também foram identificadas oportunidades para quantificar a proteína do solo relacionada à glomalina e do número de esporos e identificação de espécies de Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMAs).

Para Ingrid Graziano, líder de Produtos de Sustentabilidade da Cargill para a América do Sul, o compartilhamento dos resultados preliminares possibilita o entendimento dos primeiros impactos da iniciativa. Ela destaca que o momento é de recalibrar ponteiros –as metodologias ou os objetivos estabelecidos – e uma oportunidade de refletir sobre o que passou e planejar o que está por vir nas próximas safras.

“Esperamos ter dados sólidos e concisos para basear a nossa tomada de decisão e para promover a agricultura regenerativa, que contribui para sistemas mais resilientes, eficientes e sustentáveis. São sistemas que apoiarão os produtores para prosperarem, enfrentando desafios como as mudanças climáticas e as tendências de mercado”, pontua Ingrid.

De acordo com Eliana Fontes, pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, foi feito o mapeamento dos custos de produção e rentabilidade do cultivo de soja, analisados sete atributos microbiológicos e atributos físicos para variar a qualidade de solos. “Foi feito o levantamento da diversidade de nematoides, bactérias, fungos de solos e de fitopatógenos da raiz e da parte aérea da planta da soja, além de medidas as frações do carbono orgânico”, destaca Eliana.

Desenvolvido por um grupo de 12 produtores no Sudoeste de Goiás, no bioma Cerrado, o Regenera Cerrado conta com o patrocínio da Cargill e a participação de onze instituições que atuam em âmbitos nacional e internacional, todos interessados em transformar os moldes tradicionais da agricultura por meio de práticas mais sustentáveis. Criado no Instituto Fórum do Futuro, em 2022, o Regenera Cerrado conta com a execução operacional do Instituto BioSistêmico (IBS).

Para mais informações sobre o projeto, acesse o site do Instituto Fórum do Futuro: https://www.forumdofuturo.org/regenera-cerrado

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