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Biotécnicas elevam a produtividade dos rebanhos

Biotécnicas podem elevar produtividade de leite e carne - Foto: Moraes Neto

As técnicas de melhoramento genético, como a fertilização in vitro e transferência de embriões, podem ser a saída para a base da cadeia produtiva da bovinocultura ampliar a produtividade de leite e carnes. Com métodos de inseminação artificial e outras biotécnicas, uma matriz que gera uma bezerra por ano chega procriar 50 cabeças por ano. Esse é apenas um dos resultados alcançados pelo grupo Monte Verde, que possui cinco fazendas em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso, com o melhoramento genético do gado.

“Selecionamos doadoras que estão no melhor nível que o mercado exige. Não é difícil, apenas exige tecnologia. Associadas à nutrição e ao manejo, as técnicas de melhoramento genético proporcionam excelentes ganhos. Trabalhamos com esse sistema de produção da genética leiteira há 25 anos”, ressalta o médico veterinário, Júlio Moura do grupo Monte Verde, que é exemplo na área de multiplicação por biotécnicas e sistema de produção da genética leiteira. Para o especialista, o País só melhorará a produtividade nos pastos com difusão de tecnologia. “É preciso propagar. Tecnologia de portas trancadas não serve para nada”, compara.

O Monte Verde atua com módulos de leite, corte, pré-venda, paridor e prenhezes, utilizando fertilização in vitro e marcadores moleculares. Para verificar o desempenho do rebanho, os animais participam de julgamentos, torneios leiteiros e provas de ganho de peso. “É preciso ter índice para comparar e avançar nos resultados”, ensina.

Júlio Moura apresentou o case do grupo, que mantém negócios em 21 estados brasileiros, para demonstrar como as intervenções genéticas podem favorecer a pecuária bovina de leite e corte, durante a solenidade de lançamento da Incubadora Tecnológica de Melhoramento Genético da Bovinocultura, nesta terça-feira (13), em Natal (RN).

A estrutura será inaugurada hoje (13) à tarde, no campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) de Currais Novos. O objetivo é contribuir para elevar o padrão genético do gado, possibilitando ganhos consideráveis de produção e produtividade para produtores de carne e leite.

A incubadora é resultado de uma parceria entre a instituição e o Sebrae no Rio Grande do Norte. A estrutura vai contemplar os segmentos da pecuária bovina potiguar. A idéia é que a estrutura funcione como elo integrador das instituições de pesquisas, universidades, produtores, laboratórios, centrais de sêmen, associações de criadores, fornecedores de insumos e instituições financeiras.

SOLENIDADE

A carta de intenções foi assinada durante o lançamento. Participaram da solenidade, representantes das principais instituições ligadas ao agronegócio e pecuária, como Associação Norte-Riograndense de Criadores (Anorc) e Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Federação da Agricultura do Estado (Faern), Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e Instituto Biossistêmico, além de produtores e membros do Conselho Deliberativo do Sebrae-RN. Os diretores Técnico, João Hélio Cavalcanti, e de Operações, Lázaro Mangabeira, também prestigiaram a solenidade.

O presidente do conselho, Sílvio Bezerra, destacou na abertura da solenidade as conquistas do Sebrae, ressaltando os projetos Sebrae na Copa, do aeroporto, que pretende incluir as micro e pequenas empresas no empreendimento, em implantação em São Gonçalo do Amarante, e ampliação do teto no Estado para adesão ao Simples. “Foi uma decisão da governadora que poderá atrair empresas de estados vizinhos para o Rio Grande do Norte. E é isso que queremos”.

Já o pro-reitor de Pesquisa e Inovação do IFRN, José Yvan Leite, enfatizou a importância de ligar as pesquisas realizadas na educação superior ao mercado. “Acreditamos que não existe sociedade desenvolvida sem atrelar o conceito de ensino e extensão sem pesquisas inovadoras”.

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