Notícias

Projeto AgTech Valley promete colocar Piracicaba no mapa do agronegócio mundial

Luciana Joia/ESALQ-USP

Luciana Joia/ESALQ-USP

Com o objetivo de fortalecer e integrar 89 empresas e instituições de tecnologia para o agronegócio instaladas na região de Piracicaba-SP, foi lançado o projeto “AgTech Valley”, no dia 5 de maio. O lançamento foi realizado na sede da Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (ACIPI) com a presença de autoridades e representantes das instituições que integram o projeto também divulgado como Vale do Piracicaba.

O Instituto BioSistêmico é uma das empresas integrantes desse projeto idealizado pela ESALQTec Incubadora Tecnológica, em parceria com o Canatec Coworking e o apoio da ESALQ. A campanha do Vale do Piracicaba é inspirada no Vale do Silício, localizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, onde estão reunidas as maiores empresas de tecnologia do mundo, como Facebook, Google e Apple. A ideia é colocar a cidade no mapa do agronegócio mundial

“Como nossa entidade tem sua fundação e sede em Piracicaba e tem, como um dos seus preceitos, a inovação, entendemos que existe uma grande aderência na ideia do Vale do Piracicaba. Esperamos que esse projeto se expanda com maior número de parceiros e que abra novas possibilidades de ações e inovações para o IBS”, destaca o diretor do IBS, Ricardo Cerveira.

De acordo com o presidente do conselho deliberativo da incubadora ESALQTec, professor Mateus Mondin, o lançamento do projeto Vale do Piracicaba é um marco para a unificação dos agentes de inovação tecnológica do setor agrícola em prol de um desenvolvimento mais sustentável de toda a cadeia produtiva. Isso significa mais oportunidades para investidores, para soluções de problemas por demanda, mais entrelaçamentos para o desenvolvimento de novas frentes de pesquisa para solução de problemas agrícolas.

“O Vale do Piracicaba – AgTech Valley nada mais é do que o reconhecimento de algo que já existe, porém que não estava estruturado ou organizado. Os agentes deste processo estavam invisíveis um para o outro e agora é possível se enxergarem e atuarem em rede, melhorando a capacidade competitiva. Outra característica importante do Vale é o fato de a iniciativa não ter dono. As empresas, startups, universidades e outros agentes do Vale do Piracicaba são corresponsáveis pelo sucesso da iniciativa”, explica Mondin.

Engajamento das empresas

O professor Mondin acrescenta que é importante que toda empresa possa aderir à iniciativa, pois dessa forma será possível criar uma rede de interesses comuns que, com uma atuação conjunta, terá melhores condições de sucesso. “O IBS, por exemplo, é uma peça chave pelo setor que atua. Há uma demanda muito grande de tecnologia pelos pequenos produtores. Muitos negligenciam a capacidade de produção diferenciada destes produtores. O IBS se apresenta sempre como parceiro e leva conhecimento e tecnologia para estes produtores”, pontua.

“Os projetos do IBS realmente visam à melhoria da qualidade de vida, a potencialização dos ganhos, através da transferência de tecnologia. Além disso, a empresa tem uma visão muito interessante de ser parceira das universidades, ou seja, se não há uma tecnologia desenvolvida estuda-se a possibilidade de que ela possa ser desenvolvida e isto é um grande diferencial. O AgTech Valley tem como espírito justamente essa criação do novo, da geração, da transformação e da transferência tecnológica”, define Mondin.

O gerente executivo da ESALQtec, Sergio Marcus Barbosa, acredita na consolidação e fortalecimento da região de Piracicaba como referência mundial em geração de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias para a agricultura tropical. “O IBS e as demais empresas formatarão o que estamos chamando de mapa tecnológico, ou seja, a indicação e qualificação de empreendimentos relacionados à tecnologia para a agricultura”, ressalta.

Sergio Marcus acrescenta que cerca de 10 % das unidades de produção no Brasil (com a presença também de propriedades pequenas) são responsáveis por mais de 50 % da renda bruta do agronegócio, enquanto cerca de 70 % das unidades correspondem a menos de 5%. “E não estamos falando de tamanho de propriedade. Estamos falando no uso de tecnologia. Ou seja, distribuir renda para os produtores rurais significa fazer com que eles tenham acesso às inovações tecnológicas. Empresas como o IBS são fundamentais para este processo”, conclui.

Voltar ao topo