O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é uma ferramenta do projeto Conexão Mata Atlântica que visa beneficiar os proprietários rurais com recursos financeiros para garantir a conservação e o manejo adequado por meio de atividades de proteção e de uso sustentável do solo. Na zona de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Itariru que abrange os municípios de Peruíbe, Itariri, Pedro de Toledo e Miracatu, onde o Instituto BioSistêmico (IBS) atua pelo projeto, 145 produtores aderiram ao PSA.
Após a adesão da propriedade ao PSA, a equipe técnica do IBS realizou um diagnóstico, com a caracterização da área, zoneamento de uso do solo e práticas produtivas e conservacionistas. A partir deste diagnóstico, são elaborados os mapas de uso do solo com geração de uma linha de base com o valor para cada beneficiário.
De acordo com a coordenadora dos trabalhos do IBS no Conexão Mata Atlântica, a engenheira florestal Thais Lima, o PSA tem duração de dois anos. “O primeiro pagamento é realizado por meio da Linha de base, e reembolsa pelo que existe hoje na área. Os demais pagamentos são realizados a partir das melhorias realizadas com base no plano de ação elaborado e acompanhado pela equipe técnica do projeto”, explica.
Entre os produtores da zona de amortecimento do PESM – Núcleo Itariru que aderiram ao PSA, 13 produtores já assinaram contrato de PSA. O primeiro contrato assinado foi no município de Pedro de Toledo pelo produtor Breno Tadeu Ros de Almeida, que é presidente da Associação de Produtores Orgânicos do Vale do Ribeira (AOVALE), instituição que representa no Conselho do PESM – Núcleo Itariru pela Associação de Produtores Orgânicos do Vale do Ribeira (AOVALE).
De acordo com o produtor, a assistência técnica do IBS é de grande importância para os produtores da região. “eles trazem informações sobre essas ferramentas e para a produção. Temos que trabalhar com informação e, ações preventivas para garantir uma boa produção. Sem um planejamento de plantio, com qualquer distorção, o produtor perde todo o seu trabalho”, afirma.
Breno Tadeu acrescenta que implantou o primeiro SAF (Sistema Agroflorestal) há cerca de três anos em sua propriedade. “O SAF é uma excelente alternativa. Nesse sistema, melhoram as condições de temperatura para os cultivos, preserva-se a água, formando reservas hídricas inclusive, além da cobertura morta em abundância, o que ajuda a adubar e manter a umidade do solo”, destaca o produtor que espera implementar melhorias na propriedade com o plano de ação e está contente que receberá este recurso pelo serviço prestado ao meio-ambiente.