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Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas é abordada pelo Programa Soja Plus

Vianópolis - GO

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A ABIOVE, em parceria com a Cargill e o Instituto BioSistêmico (IBS), realizou mais uma rodada de palestras técnicas do Programa Soja Plus, nos municípios goianos de Uruaçu, Vianópolis e Piracanjuba, respectivamente nos dias 3, 4 e 5 de setembro. Com o tema “Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas”, as palestras foram realizadas pelo engenheiro agrônomo Dácio Antonio Benassi, do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). Participaram cerca de 100 produtores e colaboradores de propriedades atendidas pelo Soja Plus Goiás.

Essas ações são promovidas periodicamente pelo programa e têm como objetivo motivar e orientar o desenvolvimento de atividades de melhoria contínua na gestão e nas práticas agrícolas utilizadas nas fazendas atendidas. Os produtores e os colaboradores puderam aprimorar o conhecimento e esclarecer dúvidas sobre as tecnologias de aplicação de defensivos agrícolas nas lavouras de soja.

De acordo com Dácio Benassi, quando se fala em tecnologia e eficiência de aplicação, é de extrema importância um pulverizador compatível com a extensão da área a ser coberta e. o manejo correto da lavoura (diagnóstico da fertilidade, correção do solo, capacidade de uso do solo e períodos mais adequados para a realização da semeadura em função da cultivar escolhida). Ele alerta que somente após esses cuidados observados, é possível obter rendimento à altura do potencial genético de cada cultivar.

“Na compra do equipamento, seu dimensionamento deve considerar as condições do relevo da propriedade. Regiões com solos planos a suavemente ondulados quase não apresentam restrições, podendo trabalhar em velocidades maiores. Já em regiões com solos mais ondulados e topografia mais acidentada, o mesmo maquinário apresenta um menor rendimento, especialmente por necessitarem do uso de práticas para conservação do solo, limitando o uso destas. As máquinas devem ser adaptadas às condições edafoclimáticas”, destaca Benassi.

O engenheiro agrônomo afirma que a tecnologia de aplicação pressupõe alguns cuidados que envolvem fatores climáticos, mecânicos e de qualificação do executor das tarefas. Do ponto de vista climático, ele destaca as condições de temperatura, umidade relativa do ar e velocidade do vento no momento da aplicação. Do ponto de vista mecânico, ressalta o conhecimento da capacidade do equipamento, sua manutenção, além do domínio sobre os instrumentos de comando (velocidade de deslocamento, altura de barra, espaçamento entre pontas, entre outros detalhes), fundamental para o acerto ao alvo.

“O fator operacional deve considerar muito a habilidade do aplicador quanto aos comandos, mas também o conhecimento quanto aos riscos a pessoas e ao meio ambiente. É fundamental que o aplicador tenha capacidade para ler e interpretar as bulas dos produtos que serão aplicados. Cada produto possui uma especificação técnica indicando as condições ideais para sua aplicação. A inobservância de tais informações é muito prejudicial para o êxito da aplicação. Exemplificando, podemos destacar a entrada em estágio fenológico (da cultura ou da planta daninha) inadequado, prejudicando a eficiência do produto. Da mesma forma, a entrada com a aplicação em ambientes inadequados pode comprometer o resultado esperado”, alerta.

Dentre as observações levantadas pelos agricultores, o volume de calda aplicada, os sistemas de filtragens, a manutenção dos equipamentos e o horário de trabalho foram as principais questões levantadas. Em função disso, o engenheiro agrônomo enfatizou, durante as palestras, temas que envolvem a qualidade da aplicação, abordando a manutenção dos equipamentos, horário correto de aplicação e a escolha de pontas indicadas para cada tipo de calda.

“A rodada de palestras foi de suma importância para que o produtor entenda que a aplicação de agrotóxicos não é somente o ato de aplicar o produto. Existem interações entre vários fatores, como alvo, equipamento e clima. E se bem planejadas e geridas, essas aplicações reduzem o custo da produção e contaminação do meio ambiente, além de ser um fator chave para altas produtividades”, ressalta a engenheira agrônoma Débora Marchini, coordenadora técnica do IBS do Programa Soja Plus Goiás.

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