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Protagonismo feminino contribui para impulsionar a trajetória de Cooperativa Rural no Mato Grosso do Sul

Maria Nelzira: “Um dos maiores desafios é romper o preconceito de ser uma jovem mulher na presidência da cooperativa.”

Com sede no Assentamento Santa Mônica, fundada em janeiro de 2014 em Terenos-MS, a Cooperativa Agrícola Mista da Pecuária de Corte e Leiteira e da Agricultura Familiar (Cooplaf) conta com 548 cooperados. Atualmente, é referência em comercialização de produtos da agricultura familiar, atraindo grupo de produtores de outros municípios do Mato Grosso do Sul interessados em aprender com as experiências bem-sucedidas da organização.

Na gestão da cooperativa, o protagonismo feminino tem se destacado e é um grande exemplo para as mulheres produtoras de assentamentos da região. Maria Nelzira Garcia é a presidente da atual gestão e antes de chegar ao cargo, passou por diversas funções como colaboradora da Cooplaf, inicialmente no setor do leite e posteriormente no Hortifruti. Filha de produtores de leite do Assentamento Patagônia, Maria formou-se em pedagogia e sempre esteve envolvida nas atividades da propriedade da família.

Simone Barbosa: “É uma grande responsabilidade fazer parte dessa diretoria, pois sabemos que por trás de cada cooperado tem uma família, um sonho.”

Com o objetivo de desempenhar a função com eficiência, Maria foi atrás de capacitação para aprender a administrar a cooperativa mantendo, sempre, o bom relacionamento com os produtores cooperados, o que é essencial para desempenhar uma boa liderança, segundo ela.

“São vários os desafios na gestão da Cooplaf. Formar colaboradores para cada departamento e criar o passo a passo por setor, buscando melhorar nosso funcionamento, são desafios constantes. Mas o principal é romper o preconceito de ser uma jovem mulher na presidência da cooperativa”, destaca Maria Nelzira.

Para Simone Barbosa Gauze, 1ª tesoureira da Cooplaf, atuar em uma área com predominância masculina é sempre um desafio. “Foi o sonho de desenvolver uma atividade agrícola com sucesso que me trouxe até aqui. É uma grande responsabilidade fazer parte dessa diretoria, pois sabemos que por trás de cada cooperado tem uma família, um sonho”, afirma Simone.

Ela considera que o agronegócio está cada vez mais tecnológico e necessita de profissionais capacitados. Por isso, segundo ela, são tão necessárias as capacitações, o aperfeiçoamento do conhecimento para que a mulher possa atuar no agronegócio com presença cada vez mais expressiva.

Pioneirismo

A produtora Lucilha de Almeida foi uma das pioneiras na mobilização de grupos de produtores na região e, fez história levando a representatividade feminina para a diretoria da Cooplaf, como 1ª secretária, cargo que exerce também na atual gestão da cooperativa.

Para Lucilha de Almeida (entre as filhas), as mulheres da Cooplaf são exemplo para as jovens produtoras.

Para Lucilha, é motivo de muito orgulho a trajetória da Cooplaf, sobretudo, o protagonismo feminino na organização. “A presença das produtoras na cooperativa vem crescendo ano a ano. Isso serve de exemplo para as minhas filhas e tantas jovens filhas de produtores. E a gente já percebe um movimento aqui nos assentamentos das jovens mulheres, na sucessão familiar, assumindo o negócio da família”, pontua.

“Entre os parceiros que contribuíram no nosso começo fomentando a produção leiteira local, tivemos o Sebrae MS e o Instituto BioSistêmico promovendo a assistência técnica voltada para melhorias no manejo de ordenha, reprodutivo e nutricional. Fomos atrás do conhecimento e neste processo o Senar MS também teve um papel importante realizando aulas e capacitações para os produtores”, relata a produtora.

Anos mais tarde, em 2021, o Instituto BioSistêmico (IBS) voltou a atender os produtores da região, na execução de dois projetos do Sebrae MS voltados para melhorias na produção de leite e de hortifruti da Cooplaf. De maio a dezembro de 2021, foi executado o Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira e, de junho de 2021 a fevereiro de 2022, o Programa de Desenvolvimento da Horticultura.

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