O Instituto BioSistêmico (IBS) realizou a primeira rodada de atendimentos de manejo nutricional às propriedades que integram o Projeto Leite Rondônia, entre a segunda quinzena de junho e a primeira de julho, no estado de Rondônia, nos municípios de Castanheira, Ji-Paraná, Mirante da Serra, Nova União e Ouro Preto do Oeste.
Nesses atendimentos, foi feito o levantamento das categorias animais e quantidades dentro da propriedade, além das áreas de pastagens e áreas de produção de volumosos. A partir dessas informações, é possível traçar um planejamento forrageiro prévio para as propriedades. Esse foi um dos focos nesta primeira rodada: mostrar a importância do planejamento forrageiro para garantir alimentação em quantidade e qualidade durante todo o ano.
De acordo com o engenheiro agrônomo Edson José Strapação, consultor do IBS que realizou os atendimentos de manejo nutricional, grande parte dos produtores que integram o projeto criam o gado no pasto, no modelo extensivo.
“Orientamos a importância do fornecimento de ração balanceada para complementar a alimentação do rebanho. Para as propriedades que têm condições de irrigar a pastagem, também reforcei essa orientação. Ao irrigar alguns piquetes, garante-se por mais tempo um pasto mais farto e de qualidade”, explica o engenheiro agrônomo.
Edson relata que a receptividade dos produtores foi excelente nesta primeira rodada. “Boa parte das propriedades não conta com uma assistência técnica efetiva. Por isso, os produtores estão valorizando bastante os atendimentos do IBS neste projeto Leite Rondônia. Mostraram-se bem interessados e participativos, aproveitando para esclarecer muitas dúvidas para implementarem melhorias na alimentação do gado de forma mais planejada”, afirma.
Na região, localizada no Bioma Amazônico, o clima que é dividido em duas estações bem definidas. O período chuvoso costuma começar em outubro ou novembro e se estende até maio. A partir de maio até setembro, normalmente, a região vive o período mais crítico de falta de chuvas.
“Nesta fase mais crítica, recomendamos o fornecimento de comida no coxo como silagem e capim elefante, que pode ser triturado verde, para manter o consumo dos animais em dia. Também reforçamos a importância da manutenção de bebedouros para o fornecimento de água limpa e em quantidade adequada para os animais, o que contribui para o bem-estar geral do rebanho, sobretudo no período mais seco e quente”, pontua o consultor do IBS.
Sobre o Projeto Leite Rondônia
Concebido e executado pelo Instituto BioSistêmico, o projeto Leite Rondônia conta com apoio de recursos da Fundação Zoetis. A iniciativa busca promover o desenvolvimento da pecuária leiteira num total de 100 propriedades, com perfil de agricultura familiar, na região de Ji-Paraná, no estado de Rondônia, no Bioma Amazônico.
Propõe um conjunto de atividades e recursos de assistência tecnológica, estruturados e modulados em quatro eixos temáticos voltados à melhoria do processo produtivo: boas práticas, manejo reprodutivo, manejo nutricional e manejo sanitário.
Além das visitas técnicas em cada propriedade, o projeto prevê encontros de formação. Estes incluem capacitações voltadas à sustentabilidade da pecuária leiteira no Bioma Amazônico, com destaque para temas que necessitem de uma atenção maior nas propriedades, reforçando as medidas de boas práticas a serem implementadas durante o projeto.
O projeto utiliza a metodologia CheckMilk, que conta com uma plataforma com sistema de gestão e aplicativo para as equipes técnicas e para os produtores. O sistema facilita a gestão do projeto e o aplicativo auxilia o produtor no dia a dia, como um suporte, uma extensão da consultoria do IBS que pode ser acessada a qualquer hora na palma da mão.