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Projeto Leite e Genética tem contribuído para impulsionar a pecuária do Rio Grande do Norte

Macaíba-RN

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Desenvolvido há mais de seis anos pelo Sebrae RN com execução do Instituto BioSistêmico (IBS), o Projeto Leite e Genética tem contribuído para elevar a produção e a produtividade da pecuária bovina de corte e leiteira do Rio Grande do Norte, com ações de inovação e biotecnologias de reprodução. O projeto tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento do padrão genético da bovinocultura de leite e corte no Rio Grande do Norte, além de identificar, organizar, estruturar e melhorar, de maneira estratégica a oferta de leite e carne.

O Leite e genética contabiliza mais de 40.000 matrizes avaliadas, 10.000 bezerros nascidos pelo processo de IATF (Inseminação Artificial por Tempo Fixo) e FIV (Fertilização in Vitro), 5.000 análises de qualidade do leite, 1.000 bezerras vacinadas contra brucelose, dezenas de animais nascidos através do projeto e premiados em pistas de julgamento e comercializados em leilões especializados.

“Esse projeto desmistificou o uso de biotecnologias de reprodução como a FIV e a IATF e provou que elas podem ser acessíveis a qualquer porte de produtor rural e, que, utilizadas de forma criteriosa e com um mínimo de planejamento, trazem saltos de qualidade de grande relevância aos criadores”, afirma o gestor do Sebrae Acácio Sânzio de Brito, responsável pela coordenação do Leite e Genética.

De acordo com Acácio, a facilidade de acesso às tecnologias de reprodução é um dos grandes feitos da parceria entre o Sebrae RN e o IBS na região Nordeste. Um dos frutos dessa parceria é o IBSgen, laboratório de melhoramento genético animal instalado pelo IBS em Natal-RN em setembro de 2015. Foi o primeiro laboratório a desenvolver todas as etapas da FIV dentro do Estado, facilitando a vida dos produtores potiguares que antes dependiam de laboratórios de outras regiões para a realização da FIV.

“O IBSgen é um marco histórico para nós. A partir de sua inauguração, o Rio Grande do Norte enveredou, definitivamente, por um caminho promissor de fazer da tecnologia um forte aliado do desenvolvimento de sua pecuária. O laboratório despertou, também, o sonho de que é possível o nosso Estado transformar-se num exportador de genética de grande valor agregado”, destaca o gestor do Sebrae.

A fertilização in vitro viabiliza resultados rápidos e precisos, além de ser considerada uma das melhores técnicas para desenvolver a genética bovina, assegurando aos produtores que os animais produzidos terão condições de enfrentar as adversidades climáticas de cada região.

Vacinação do rebanho

A sanidade do rebanho interfere na parte reprodutiva e na oferta de produtos sadios e seguros ao mercado. Para garantir a boa saúde dos animais é essencial manter as vacinas em dia. Pensando nisso, o IBS em parceria com o Sebrae elaborou um calendário sanitário para ser distribuído entre os produtores atendidos.

O IBS em parceria com o Sebrae elaborou um calendário sanitário para ser distribuído entre os produtores atendidos.

O IBS em parceria com o Sebrae elaborou um calendário sanitário para ser distribuído entre os produtores atendidos.

“O calendário sanitário foi elaborado com base em algumas peculiaridades. Primeiramente, consideramos o calendário nacional de vacinação contra a febre aftosa, realizados sempre em maio e novembro obrigatoriamente. A partir disso, seguindo as janelas imunológicas específicas para cada doença e a quantidade de vacinações necessárias para induzir uma imunidade completa, distribuímos de forma que o animal não tenha sobrecarga imunológica com a aplicação de muitas vacinas ao mesmo tempo, o que pode comprometer a eficácia da aplicação. Outro ponto considerado é a estação reprodutiva, na qual as vacinas reprodutivas devem ser aplicadas e reforçadas antes do início da estação”, explica o coordenador de projeto do IBS na região Nordeste, o médico veterinário Luiz Sartori.

De acordo com o médico veterinário, seguir o calendário sanitário é essencial para a sanidade dos rebanhos, suprimindo gastos com tratamentos ou exames, evitando prejuízos reprodutivos, o que influencia na produção leiteira, principalmente.

“No caso de uma vaca que aborta, o produtor gasta dinheiro com tratamento momentâneo, perde no intervalo entre partos, e deixa de ganhar no leite que ela não produzirá. Sem mencionar o dinheiro gasto com alimentação do animal sem produção. Os prejuízos econômicos são muitos. Além dos prejuízos econômicos, temos os sanitários. Algumas doenças são transmissíveis ao ser humano. Rebanho saudável garante alimentos de procedência e seguro”, complementa Luiz Sartori.

Para mais informações sobre os resultados do Projeto Leite e Genética, clique aqui e acesse um relatório referente aos trabalhos realizados pelo projeto entre 2015 e o primeiro trimestre de 2018

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