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Projeto Cooplaf Leite contribui para qualificação e desenvolvimento de produtores

Durante atendimento de manejo reprodutivo, Francisco mostra a primeira cria de IATF nascida em 2023.

O acesso ao conhecimento e à tecnologia voltados à pecuária leiteira pode mudar a perspectiva de pequenos produtores de leite, que passam a ter mais qualificação e autonomia para promover melhorias na produção.

A mudança de perspectiva tem sido possível para o produtor Francisco Paulo Fernandes, desde que ingressou no projeto Cooplaf Leite, inciativa executada pelo Instituto BioSistêmico (IBS) com recursos da Fundação Zoetis e do Sebrae/MS, em assentamentos na região de Terenos-MS.

“Com as orientações que recebemos, estamos abrindo a mente para trabalhar melhor na atividade leiteira. Tenho o objetivo de melhorar a produção, fazendo o melhoramento genético do rebanho. E o projeto Cooplaf Leite nos dá essa possibilidade com a IATF e os atendimentos com exame de ultrassom”, relata o produtor.

Francisco acrescenta que no sítio da família, localizado no assentamento Patagônia, já nasceram três bezerras e dois bezerros de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) realizada pela equipe do IBS no projeto.

“Cuidamos bem da bezerrada, seguindo as orientações dos médicos veterinários. Mais para frente, venderemos os bezerros para fazer uma renda extra. E as bezerras são as futuras vacas leiteiras que irão melhorar a nossa produtividade”, adianta Francisco.

Para o produtor Paulino Ferreira Junior, do Assentamento Campo Verde, o projeto Cooplaf Leite é referência de informação confiável para que ele possa fazer as melhorias na propriedade, seja na parte de reprodução, alimentação, saúde do gado e qualidade do leite.

“Com os exames de ultrassom, por exemplo, fica mais fácil fazer o planejamento reprodutivo, fazer o protocolo e a IATF no momento certo, saber quais vacas estão prenhes e que deverão ser alimentadas no cocho com uma dieta mais específica”, afirma Paulino.

Para Paulino, os exames de ultrassom facilitam o planejamento reprodutivo.

O produtor acrescenta que ele passou a acompanhar com exatidão a qualidade do leite, com as análises feitas com mais frequência, nos atendimentos de manejo sanitário do projeto.

“Eu produzo leite de qualidade, o que vem sendo mostrado nos testes. Essa é uma informação muito importante, pois indica se estamos no caminho certo ou se precisamos fazer ajustes em algum ponto da produção. Saímos do escuro e passamos a trabalhar com mais certeza”, revela Paulino.

Manejos reprodutivo e sanitário

No Cooplaf Leite, muitos produtores nunca haviam realizado exame de ultrassom nas vacas até ingressarem no projeto. O exame de ultrassom é realizado nos atendimentos de manejo reprodutivo para diagnóstico de gestação (DG) e identificação de doenças que necessitem de tratamento. Nessas visitas, é feita a seleção dos animais aptos a receberem o protocolo de IATF.

Na sequência, iniciam os atendimentos de manejo sanitário e IATF, com realização de Inseminação Artificial por Tempo Fixo nas vacas selecionadas, além dos testes de qualidade do leite e monitoramento da sanidade do rebanho.

No primeiro semestre de 2024, os atendimentos de manejos reprodutivo e sanitário foram realizados nos meses de janeiro, fevereiro, abril e junho. As próximas rodadas estão previstas para os meses de agosto e setembro.

Sobre o projeto

O Projeto Cooplaf Leite foi concebido pelo Instituto BioSistêmico com o objetivo principal de promover o desenvolvimento da pecuária leiteira junto aos cooperados da Cooperativa Agrícola Mista da Pecuária de Corte e Leiteira e da Agricultura Familiar (Cooplaf), entidade com sede no município de Terenos, no estado de Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste do Brasil.

Executada pelo IBS, a iniciativa conta com apoio de recursos da Fundação Zoetis e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do estado do Mato Grosso do Sul. Também é contemplado com o apoio institucional e acadêmico da Unimar – Universidade de Marília.

Esse é mais um projeto de pecuária executado pelo Instituto BioSistêmico que usa a metodologia CheckMilk, que conta com uma plataforma com sistema de gestão e aplicativo para as equipes técnicas e para os produtores. O sistema facilita a gestão do projeto e o aplicativo auxilia o produtor no dia a dia, como um suporte, uma extensão da consultoria do IBS que pode ser acessada a qualquer hora na palma da mão.

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