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Produtores de leite participam de reunião no SEBRAE/MS

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Um marco na história do projeto Apoio à Pecuária Leiteira do Mato Grosso do Sul, desenvolvido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) com execução do Instituto BioSistêmico (IBS). Assim foi considerada a reunião entre produtores de leite e representantes do SEBRAE e do IBS, realizada no dia 11 de dezembro na sede do SEBRAE, em Campo Grande.

O encontro foi conduzido pelo engenheiro agrônomo e psicodramista do IBS, Manoel de Matos, que realiza as reuniões de desenvolvimento humano nos grupos atendidos pelo projeto na Região Central do Estado. Participaram 50 representantes dos grupos atendidos nos municípios de Campo Grande, Terenos, Sidrolândia, Rochedo, Jaraguari, Dois Irmãos do Buriti e Bandeirantes.

“Para o bom andamento do projeto, precisamos do apoio do grupo a partir de um representante. Queremos que vocês nos deem o retorno com a responsabilidade de que o grupo que cada um de vocês representa vai dar conta de dar passos, os quais podem até ser lentos, mas que sejam concretos”, ressaltou Manoel logo no início da reunião.

O engenheiro agronômo e psicodramista Manoel de Matos conduziu a reunião

O engenheiro agronômo e psicodramista Manoel de Matos conduziu a reunião

Após a apresentação individual de cada participante, os produtores foram divididos em quatro grupos. Num primeiro momento, eles debateram e apresentaram as mudanças proporcionadas a partir do desenvolvimento do projeto em suas comunidades. Num segundo momento, foram debatidos e apresentados os pontos que poderiam ser aperfeiçoados a partir da concepção dos produtores. A noção de identidade de cada grupo foi outro ponto discutido entre os participantes, um tema que terá desdobramentos nas próximas reuniões.

Na oportunidade, a gestora do projeto, Pauline Barbosa, e o gerente da unidade de Agronegócio do SEBRAE/MS, Marcus Rodrigo de Faria, responderam às questões colocadas pelos produtores e fizeram suas apresentações. “Essa é primeira reunião com vocês aqui no SEBRAE e o objetivo é que possamos interagir cada vez mais para que esse trabalho possa crescer. A ideia de ter uma liderança em cada grupo é importante porque vai possibilitar não só a comunicação entre SEBRAE e vocês no campo, mas levar, de forma organizada, a reivindicação de vocês para outras instâncias de decisão”, explicou Marcus de Faria.

O gerente de Agronegócio destacou que o encontro consolidou um novo patamar para a pecuária leiteira do Estado. “Um espaço para conversarmos sobre leite, organização, produção, tecnologia que parece algo distante, mas está ao alcance de qualquer um de nós. E o trabalho que fazemos nesse projeto junto com o IBS é exatamente esse. Levamos orientação, tecnologia e informação para dentro das propriedades. Mais do que isso, levamos gestão para desenvolver os produtores de leite”, afirmou.

Pauline Barbosa ressaltou que a participação dos produtores é essencial para o sucesso do projeto “O SEBRAE é a estrutura física administrativa que está por trás desse projeto que chega até suas propriedades através do Vaca Móvel, do Rufião Móvel e do Agromóvel. Considerem o SEBRAE uma segunda casa e nãos se esqueçam de que esse projeto é de vocês e construído com a participação de cada um. Esperamos poder contar com a participação de todos em 2014”, destacou a gestora do projeto.

Marcus de Faria e Pauline Barbosa responderam às questões dos produtores

Marcus de Faria e Pauline Barbosa responderam às questões dos produtores

INTEGRAÇÃO

Nas apresentações dos grupos, um ponto comum foi o fortalecimento da integração entre os produtores a partir do início do projeto. “O primeiro passo que nos encheu de riqueza foi aprender a trabalhar em grupo, o que era impossível antes do projeto. Adotamos o sistema de piquetes para melhorar a pastagem, a qualidade do leite melhorou, corrigimos o solo e a melhoria genética por meio de inseminação passou a fazer parte da nossa realidade. Nosso grupo acredita na continuidade do projeto, pois, para nós, já deu certo”, relatou o produtor Pedro Caxambu.

Representante dos produtores atendidos no Assentamento Alambari FAF, Pedro Caxambu falou também em nome de representantes de outras localidades que, naquele momento, compunham um grupo único. Um dos exemplos de integração dado pelo grupo foi o das compras coletivas que passaram a ser realizadas no Alambari FAF. “Na primeira, reunimos um grupo de produtores que precisavam de calcário para o solo. Coletamos o dinheiro de cada família, fretamos o caminhão e compramos 30 toneladas de calcário. Quando existe união, tudo fica mais fácil”, observou o produtor.

Outro exemplo de integração que foi possível a partir do projeto foi a criação da Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Jaraguari e Região (COMPROJA).“Nossa cooperativa começou a ser estimulada nas reuniões de desenvolvimento humano realizadas por Manoel. Antes do projeto, o que predominava era o individualismo e, hoje, temos força juntos. Prova disso é que, recentemente, deixamos de vender para um laticínio e passamos a fornecer para outro que valoriza mais o nosso produto”, contou a produtora Extelita da Cunha.

Ela é uma das cooperadas da COMPROJA e foi a primeira vez que esteve na sede do SEBRAE, assim como foi para a maioria dos produtores que compareceram à reunião. “Essa foi uma grande oportunidade para todos nós aqui. É importante saber quem está por trás desse projeto e a gente cresce com essa troca de experiências com outros produtores”, complementou Extelita. Ela garantiu que passou a se reconhecer melhor como produtora de leite nesse contato com os parceiros de atividade.

Esse mesmo sentimento de Extelita foi manifestado por outros produtores ali presentes. Ao final da reunião, as reações foram positivas em relação ao encontro, com muitas manifestações espontâneas de orgulho e satisfação daquelas pessoas por serem produtores de leite, uma categoria que vem crescendo no Mato Grosso do Sul.

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