Sérgio observou maior incidência de lesmas onde havia palhada de azevém
Quando o agricultor Sérgio Ternovski, que é atendido pelo programa de agricultura familiar da Cargill (Selo Combustível Social), percebeu as primeiras lesmas na lavoura, entre o fim de novembro e o início de dezembro da safra de 2013/14, não imaginava que pudessem dizimar a soja plantada numa área de 30 hectares. Na segunda quinzena de dezembro, ele replantou a soja, pois não havia outra alternativa para a lavoura localizada em Prudentópolis, no Paraná.
No mesmo período, outro produtor atendido pelo programa em Irati – PR passou pela mesma situação e a recomendação dada pelos agrônomos do IBS foi para que ele também replantasse a soja.
“A cada safra, a lesma está aparecendo em maior quantidade e o seu controle ainda é bastante difícil. Por enquanto as iscas são utilizadas para o controle, mas o custo é elevado”, observa o agrônomo do IBS César Colussi.
De acordo com ele, a melhor arma contra as lesmas é a prevenção que pode ser feita por meio de monitoramento diário das lavouras. “Na ocorrência de alta infestação, deve ser feito o manejo de palhada de bordaduras e extermínio de focos nas laterais da lavoura”, recomenda César Colussi.
A partir da observação da lavoura, Sérgio Ternovski percebeu maior incidência das lesmas nas áreas em que havia palhada de azevém. Durante a assistência técnica do programa, ele aproveitou para obter informações sobre o assunto com o agrônomo do IBS Antônio Augusto Momesso, que atende na região de Prudentópolis.
“As lesmas entram na lavoura pelas beiradas e, por isso, o monitoramento é essencial para que o combate possa ser feito antes delas se instalarem na plantação”, explica o agrônomo do IBS Antonio Augusto Momesso.
Antônio explicou que a palhada na lavoura cria um ambiente favorável – escuro e úmido – para o aparecimento da lesma, mas ponderou que essa não é uma condição determinante para essa praga específica. “As lesmas entram na lavoura pelas beiradas e, por isso, o monitoramento é essencial para que o combate possa ser feito antes delas se instalarem na plantação”, reforça.
“Produzo soja há dez anos e nunca tinha passado por isso. A gente tem que ficar alerta, sempre. Nessas horas, contar com essa assistência técnica é muito importante, pois podemos confiar na orientação que é feita sem nenhum interesse comercial”, destaca Sérgio Ternovski que integra o programa há três safras.
Como as lesmas entram pelas bordaduras das lavouras, fica mais fácil combatê-la a partir de um bom monitoramento. Além da utilização de iscas, os agrônomos do IBS orientam o manejo da palhada de bordadura justamente para arejar e iluminar o solo das beiradas da lavoura, tornando o ambiente menos propício para o aparecimento das lesmas.
