Nos municípios sul-mato-grossenses de Aral Moreira, Amambai e Coronel Sapucaia, atendidos no Programa de Agricultura Familiar da Cargill, o plantio da safra de soja 2016/2017 foi realizado entre o final de setembro e início de outubro. A colheita, começou a partir de final de janeiro e deverá se estender até o final de fevereiro. De acordo com o engenheiro agrônomo Adson Martins da Silva, que atua na assistência técnica do programa nesses municípios, até 17 de fevereiro, a maior parte da soja já estava colhida, cerca de 80% em Aral Moreira e 65% em Amambai e Coronel Sapucaia.
O início da safra nos três municípios foi marcado pelo acometimento de um distúrbio fisiológico das plantas nas fases V1 e V2 de desenvolvimento, logo após a germinação, apresentando irregularidades nas folhas. A causa relatada para essa manifestação foi o solo frio e as correntes frias que ocorreram nos meses de setembro, outubro e novembro. “Esse distúrbio não afetou a produtividade das lavouras e, na sequência, a soja se desenvolveu bem”, afirmou Adson Martins.
Segundo o engenheiro agrônomo, também por conta do frio, foram identificados indícios de ferrugem asiática em algumas lavouras, o que redobrou o alerta, com recomendação de 3 a 4 aplicações preventivas nas lavouras. “Nesses casos, a eficiência da assistência técnica é fundamental para que os produtores não tenham maiores prejuízos. E o combate à ferrugem asiática foi um tema bem destacado na palestra do programa realizada em dezembro, que foi bastante esclarecedora para os produtores. Dessa forma, estavam todos bem conscientizados da necessidade das aplicações preventivas que foram feitas do modo correto e no tempo certo”, explicou.
As chuvas foram regulares, com exceção em algumas localidades, mas isso não prejudicou a produção. Em Aral Moreira, a média de produção foi de cerca de 68 sacas de soja por hectare. Nos municípios de Amambai e Coronel Sapucaia, a média ficou em torno de 53 sacas por hectare.
Ponta Porã
O plantio da soja no assentamento Itamarati, em Ponta Porã-MS, ocorreu entre a segunda quinzena de setembro e a primeira quinzena de outubro. A colheita de algumas variedades precoces começou em 15 de janeiro e deverá se estender até março, o que dependerá das chuvas. De acordo com a engenheira agrônoma Mariana Saggin Britto, que atua na assistência do programa da Cargill, a distribuição das chuvas não foi regular, o que prejudicou a produção de algumas áreas. “Apesar da irregularidade das chuvas, a cultura se desenvolveu bem, com áreas bem uniformes, pouca incidência de pragas, e as aplicações foram dentro do cronograma”, relatou.