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Instituto BioSistêmico realiza oficina de manejo ecológico de hortaliças para produtores de Peruíbe/SP

Promover a capacitação e o conhecimento de produtores rurais em práticas sustentáveis é fundamental no processo de preservação da biodiversidade. Esse é um dos pilares do Projeto Conexão Mata Atlântica que promove atividades de conservação da vegetação nativa, adoção de sistemas mais produtivos e melhoramento da gestão de unidades de conservação.

Na região do Núcleo Itariru do Parque Estadual Serra do Mar, no estado de São Paulo, cerca de 300 produtores beneficiários do Conexão Mata Atlântica contam com o suporte do Instituto BioSistêmico (IBS) para promover a produção sustentável em suas propriedades.

Os produtores recebem orientação regular da equipe de profissionais do IBS e participam de capacitações coletivas com temas escolhidos a partir da necessidade de grande parte dos produtores.

No início do mês de junho, o Instituto BioSistêmico realizou a Oficina de Manejo Ecológico de Hortaliças, como parte da programação dessas capacitações coletivas do projeto. A atividade foi realizada na Chácara Rancho Vherner, em Peruíbe/SP, e contou com a participação dos produtores da região, além da parceria com a Prefeitura de Peruíbe e a CATI.

A oficina foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Oscar Hiromu, consultor do IBS que realiza atendimentos do projeto. De acordo com Oscar, o objetivo foi incentivar a produção de hortaliças respeitando a natureza, produzindo hortaliças mais saudáveis e economicamente viáveis.

“Depois da atividade prática que realizamos, de captura e produção de microrganismos eficientes na mata, focamos numa parte mais teórica, estimulando o conhecimento dos produtores para que desenvolvam o senso de observação da planta e saibam aplicar medidas que combatam a causa e não o efeito”, explica Oscar Hiromu.

Segundo Oscar, não há uma “receita de bolo” que se aplica em todos os casos e, por isso, o senso de observação é fundamental no manejo ecológico. Ele destaca que a observação facilita a compreensão sobre a necessidade da planta, o que está causando determinado dano, evitando o uso desnecessário de produtos.

“Mesmo que seja um produto dito natural, o uso incorreto pode interferir no equilíbrio da natureza. Por isso, é importante que se faça o manejo adequado do solo, fornecendo de forma equilibrada os nutrientes para a planta”, alerta o engenheiro agrônomo.

A oficina contou com a participação de toda equipe do IBS que atua no Projeto Conexão Mata Atlântica. “Foi uma atividade muito proveitosa para os produtores e a participação de todos da equipe técnica vem reforçar importância da integração das nossas ações. Tudo o que orientamos tem uma conexão, pois promover a produção sustentável requer uma série de ações que devem estar muito bem interligadas”, ressalta a engenheira florestal Thais Lima, que coordena as atividades do IBS no Conexão Mata Atlântica.

Poda de Frutíferas é o tema da próxima oficina que será realizada no dia 07 de julho, a partir das 14 horas, no Sítio Porteira da Esperança, bairro Morro das Panelas, no município de Peruíbe.

Sobre o Projeto

O Conexão Mata Atlântica é um projeto de recuperação e proteção dos serviços do clima e da biodiversidade do corredor sudeste da Mata Atlântica brasileira. No Estado de São Paulo, é desenvolvido pela Fundação Florestal e pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility – GEF).

Desde 2018, o Instituto BioSistêmico executa a assistência técnica e extensão rural do projeto, na região do entorno do PESM-NITA. Nesta região, são atendidos 310 produtores nos municípios de Itariri, Miracatu, Pedro de Toledo e Peruíbe, abrangendo uma área de 69.968 hectares.

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