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Instituto BioSistêmico apresenta a plataforma Agrotrace no Start Trends Sustentabilidade

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Debater o agro de forma circular com propostas que se complementam e impulsionam um novo modo de produção agrícola, que garante a segurança alimentar e a preservação ambiental. Essa foi a essência do Start Trends – Sustentabilidade promovido pela StartAgro no dia 15 de setembro, com transmissão ao vivo e gratuita por meio de plataforma de streaming.

Sustentabilidade foi o tema desta primeira edição da série Start Trends que contou com a participação de Ricardo Cerveira, diretor do Instituto BioSistêmico (IBS), além de Eduardo Brito Bastos, Head de Sustentabilidade da Bayer, e Marcelo Poletti, Fundador e CEO na Promip Holding S.A, com moderação do professor Mateus Mondin, Professor do Departamento de Genética da ESALQ-USP.

Na ocasião, Ricardo Cerveira apresentou a plataforma Agrotrace, solução digital concebida pelo Instituto BioSistêmico para potencializar os resultados dos produtores rurais nas áreas econômica, social e ambiental. Ele demonstrou a metodologia aplicada à ferramenta e destacou sua abrangência em diferentes cadeias produtivas.

Cerveira explicou que o IBS realiza um diagnóstico das propriedades com relatório de desempenho e monta um plano de ação com base nos protocolos de certificação e sustentabilidade. “No plano de ação, otimizamos os recursos, orientamos o que o produtor deve fazer, de que forma, estipulamos prazos e o que deve ser priorizado. Em determinados projetos, utilizamos nossas unidades móveis, como o Vaca Móvel, Rufião Móvel e Agromóvel”, ressaltou.

Um dos primeiros questionamentos colocados na moderação do professor Mateus Mondim foi sobre os desafios do Instituto BioSistêmico na produção da plataforma. Ele pontuou que são inúmeras as variáveis a serem consideradas, entre elas, a conectividade que ainda é um problema no meio rural.

“O maior desafio é fazer o software olhando o campo, a operação, e não o contrário. Não se faz um software para a encaixar a operação nele”, pontuou Cerveira. Ele afirmou que é necessário entender como funciona a demanda na realidade, quais são as necessidades do produtor e tudo deve ser feito de uma forma simplificada para quem for utilizar o sistema.

O diretor do IBS complementou que a conectividade é um entrave para a digitalização da agricultura. Para facilitar, o sistema pode ser alimentado no modo off line, mas de tempos em tempos o produtor deverá se dirigir a uma base que tenha internet para ter acesso às informações atualizadas. “Um dos pontos que batalhamos em termos de políticas públicas é o acesso à conectividade rural”, ressaltou.

Inspiração na agricultura orgânica

Uma das premissas do Agrotrace é facilitar o cumprimento de protocolos de certificação e sustentabilidade. Nesse sentido, o conceito de agricultura orgânica é aplicado na orientação de sistemas sustentáveis, que imitam a natureza e prezam pela segurança alimentar e preservação do meio ambiente

Ricardo ponderou que as pressões mercadológicas estão exercendo um papel importante para o crescimento do uso de controle biológico na produção agropecuária. Quando é usado o controle biológico, o consumidor entende que são métodos naturais que não agridem o meio ambiente e não comprometem a saúde dos consumidores.

“O Ricardo foi um dos pioneiros em mostrar uma agricultura orgânica diferente dentro da Esalq. Eu vinha de uma formação mais tradicional e eu fui aprendendo com ele. E eu sempre falo que ele é um dos caras que mais me ensinou a como pegar essas ideias da agricultura orgânica. Não era necessariamente fazer a agricultura orgânica, mas aprender as lições a partir da agricultura orgânica e que seriam realmente efetivas e viáveis para a segurança alimentar”, relatou o professor Mondin, referindo-se aos tempos em que ele e Cerveira eram acadêmicos da Esalq, no final da década de 1990.

Esse relato do professor Mondin foi a deixa para o encerramento e agradecimento do diretor do IBS. “O meu recado é em cima do que sempre me preocupou, desde a minha formação e me preocupa até hoje. É preciso olhar para a ciência e para a pesquisa como algo fundamental para que a gente tenha o desenvolvimento e eu não estou falando só do agro. Estou falando do desenvolvimento da sociedade”, destacou Cerveira.

A circularidade do agro ficou nítida na exposição de ideias durante todo o evento. A ciência e a pesquisa avançam e trazem mudanças para a assistência técnica e extensão rural, assim como para a indústria de insumos e demais segmentos do agro. Tudo está interligado e o fomento da sustentabilidade passa por todas as áreas do meio produtivo e da sociedade.

Clique aqui e confira um resumo do debate divulgado no site da StartAgro. Tecnologia, Inovação e Economia Circular são os temas dos próximos Start Trends marcados para os dias 13 de outubro e 10 de novembro, a partir das 19 horas (horário de Brasília). Como na primeira edição, os encontros serão on-line e totalmente gratuitos, e reunirão os principais nomes do AgTech do Brasil.

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