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IBS vem revolucionando o modelo de produção através dos SAFs

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O sistema agroflorestal (SAF) é um método antigo de agricultura, que a partir da década de 1970 começou a ser estudado como ciência. Atualmente é considerado como uma técnica eficiente de cultivo da terra, que alia sustentabilidade, diversidade e produtividade.

No SAF, espécies arbóreas, nativas ou exóticas, são cultivadas em associação com outras culturas agrícolas, pastagem e até animais, em uma mesma área. A implantação do sistema, passa pelo planejamento, pela escolha das espécies adaptadas à região e pelo desenho da área, onde são alocadas as diversas culturas. A área precisa ser manejada adequadamente de forma a possibilitar o desenvolvimento pleno de cada cultura escolhida.

“As principais vantagens desse sistema estão na recuperação da fertilidade do solo, no aumento da biodiversidade local e na diversificação das receitas para o agricultor”, explica a engenheira florestal do Instituto BioSistêmico (IBS), Thais Lima.

De acordo com a engenheira florestal, o IBS oferece assistência técnica e acompanhamento para planejamento, desenho, implantação e manejo de sistemas agroflorestais. “Esses sistemas podem ser biodiversos e multiestratificados, integração, lavoura, pecuária e floresta ou SAFs hortas”, destaca.

Thais acrescenta que na região Sul do estado de São Paulo, onde o IBS executa o Projeto Conexão Mata Atlântica, os SAFs são mais voltados à produção de frutos nativos e exóticos.

O sítio Estância da Mata, no município de Peruíbe, é uma das propriedades atendidas pelo IBS no projeto. No local, o agrofloresteiro Felipe Correa desenvolve o SAF tendo como carro chefe a palmeira real para extração de palmito, que se transforma em conserva.

O sítio tem selo orgânico, certificado pelo Instituto Biodinâmico (IBD), o que garante que a produção é totalmente sustentável. Além do palmito, ele cultiva banana, cacau, pariparoba e outras espécies, como o abacaxi cultivado nas entrelinhas aproveitando as áreas em manejo inicial, onde a incidência solar ainda é alta.

Para Felipe, o sistema agroflorestal alia a manutenção da biodiversidade com a geração de renda de forma sustentável e respeitosa com o meio ambiente.

Na Ecovila Bom Lugar, no município de Pedro de Toledo, Thais Lima explica que os SAFs foram pensados para suprir a necessidade de alimentação dos moradores, inicialmente. Com o suporte da equipe do Instituto BioSistêmico, os SAFs foram ampliados para atender a demanda de comercialização dos produtos, com incremento da renda das famílias dessa comunidade.

“São sistemas biodiversos e contam com grande quantidade de espécies, nativas e exóticas, que vão desde hortaliças até espécies madeireiras como o Guanandi, para exploração a longo prazo. A palmeira jussara também faz parte da composição desse sistema, para extração de polpa no futuro e venda de sementes”, destaca a engenheira florestal do IBS.

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