O composto orgânico é um tipo de adubo que aproveita restos vegetais e animais oriundos da atividade agropecuária. Pode ser elaborado apenas com resíduos vegetais ou em mistura com resíduos animais. Para um adubo de qualidade é fundamental combinar resíduos ricos em carbono, como capins, com outros materiais ricos em nitrogênio como palhada de feijão ou estercos de animais.

Além de proporcionar benefícios importantes para a estrutura física e para fertilidade do solo, o composto orgânico é potencialmente mais barato que insumos químicos. Pensando nisso, a equipe do Instituto BioSistêmico (IBS) realizou, no município de Itaoca-SP, uma reunião coletiva no segundo semestre deste ano para capacitação de agricultores familiares atendidos no Programa Cadastro de Terras e Regularização Fundiária (PCRF), desenvolvido pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

“Nesta coletiva, ensinamos a fazer um composto orgânico de fácil preparo para auxiliar no desenvolvimento da produção. As famílias já possuem produção em sistema agroflorestal e estavam precisando de auxílio na melhoria da qualidade do plantio”, destaca a engenheira agrônoma Juliana Trettel que atua na coordenação das atividades pelo IBS no PCRF.

Esterco de galinha, palha triturada, pó de serra, terra do mato, carvão, farelo de trigo e farinha de osso foram alguns dos ingredientes utilizados na fabricação do composto orgânico ensinado na coletiva. São ingredientes de fácil acesso para as famílias e que se transformam em um excelente adubo, que atende as necessidades de nutrientes das plantas. Outros materiais que estejam disponíveis mais facilmente para os agricultores podem ser usados em substituição a estes, observando apenas a proporção de material com alto teor de carbono e nitrogênio.

Essa foi mais uma coletiva realizada pelo IBS no PCRF que teve como objetivo apresentar novas opções de manejo das culturas para os agricultores, que favorecem a qualidade dos produtos e redução de custos com insumos.