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IBS e Sebrae/RN-SebraeTec iniciam novo projeto biotecnológico no Nordeste brasileiro

 

Neste momento,

o IBS apresenta o programa

Gene Leite Gene Corte na 50a Festa do BOI

Local: Rio Grande do Norte -RN

Data: 11 a 20 de outubro.

O IBS – Instituto Biosistêmico – inicia novo projeto para a produção agropecuária, é o Gene Leite e Gene Corte. Por meio de técnicas de transferência de embriões, grandes, médios e principalmente pequenos criadores de bovinos do Rio Grande do Norte são os primeiros beneficiados pela parceria IBS e SEBRAE RN/SEBRAETEC.

O que é Gene Leite e Gene Corte

O programa biotecnológico denominado Gene Leite e Gene Corte é coordenado por uma equipe de seis médicos veterinários do IBS – Instituto Biosistêmico – em parceria com o  SEBRAE RN/SEBRAETEC no Rio Grande do Norte para levar equipamentos, profissionais e técnicas até o campo, mesmo nos lugares mais distantes, com o suporte de laboratórios dos grandes centros.

O início desse trabalho ocorre neste momento, em vários municípios do estado potiguar. O objetivo é desenvolver a produção leiteira e de corte, melhorar a organização econômica rural, promover o manejo nutricional e sanitário do rebanho e, a partir daí, melhorar o potencial genético da criação.

Inicialmente, participam com o IBS 25 criadores do estado do Rio Grande do Norte. Aproximadamente 30 por cento destes saem na frente com as questões sanitárias e de nutrição do rebanho já analisadas pelo IBS por meio de visitas técnicas dos laboratórios móveis RufiãoMóvel e VacaMóvel. O passo seguinte também já foi dado, o processo para o melhoramento genético por meio de transferência de embriões e fecundação in vitro, em tempo pré-determinado.

Em 2011 a primeira incubadora da América Latina de base tecnológica para melhoramento genético foi criada na região, o que originalmente impulsionou a parceria IBS e SEBRAE RN/SEBRAETEC com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), no município de Currais Novos-RN. O GENE LEITE-GENE CORTE é um dos primeiros empreendimentos tecnológicos, resultado dessa iniciativa. E trouxe o apoio de instituições como ANORC – Associação Norteriograndense dos Criadores e a ABCZ e Associação Brasileira de Criadores de Zebu. “A boa genética está chegando aos pequenos, antes só tinha acesso a essa biotecnologia os criadores de maior poder aquisitivo, sem um programa como esse prevalece o poder do capital”, analisa o Presidente da ANORC, José Teixeira de Souza Júnior, em entrevista ao IBS.

Como funciona o projeto Gene Leite e Gene Corte

Cada procedimento com o Gene Leite e o Gene Corte começa com 20 ou 30 vacas receptoras, que são monitoradas de forma sincronizada com outras 5 ou 7 fêmeas, as doadoras. Todas com o mesmo tempo de vida. Com o modelo, são gerados em menor tempo, animais do mesmo pai e mãe. O que representa um salto econômico para quem esperava os nove meses gestacionais, período este que não necessariamente garante o número máximo de um nascimento por ano.

A atuação dos veterinários para garantir a sincronia é efetivamente o principal fator que vai garantir resultados positivos de prenhes, em um maior número de crias ao ano. E o tempo da coleta dos óvulos, das melhores vacas e do sêmen dos melhores touros, até o processo de desenvolvimento do bebê de proveta é quem determina os resultados finais nos laboratórios.

Todo o trabalho começa no campo, de madrugada ou ao entardecer, com o material genético seguindo rapidamente por transporte aéreo do Rio Grande do Norte para o laboratório credenciado no projeto, localizado no interior de São Paulo. Os acordos com o SebraeTec e os produtores se iniciaram em setembro de 2012 e, até dezembro de 2012 estima-se gerar 250 prenhezes no estado do Rio Grande do Norte. Com animais de alta qualidade genética, com previsão de comprovada gestação em 58 dias, tempo considerado recorde (a contar do início dos procedimentos até a comprovação da gestação).

Apoios e vantagens

O GENE LEITE – GENE CORTE é coordenado pelo IBS-Instituto Biosistêmico pela parceria IBS e SEBRAE RN/SEBRAETEC,  cujos profissionais veterinários desenvolvem e replicam essas tecnologias. O trabalho de multiplicar o acesso às mais recentes tecnologias para o setor agropecuário, já vem sendo desenvolvido pelo IBS desde 2007, o GENE LEITE-GENE CORTE é o mais recente projeto.

O IBS promove assessoria e consultoria técnica, com capacitação e treinamentos – a base técnico-científica desse trabalho, que vem sendo solidificado pelo IBS em várias regiões do país. Com os laboratórios móveis, o “RufiãoMóvel” , “VacaMóvel” e o IBSpec, o instituto garante programas que facilitam o acesso do produtor às mais recentes técnicas de análise de prenhes, manejo e monitoramento do sistema reprodutivo do animal e controle da qualidade do leite.

 

Vantagens e tempo

Com o VacaMóvel, por exemplo, já foram realizados desde 2007, uma média de 60 mil diagnósticos de gestação, atendendo um total de 80 mil vacas em vários estados brasileiros.

Uma das vantagens do GENE LEITE- GENE CORTE para melhorar a genética do rebanho é a redução do tempo entre a escolha dos animais doadores até à confirmação de prenhes das vacas receptoras. Os veterinários escolhem as vacas doadoras, avaliam as condições ginecológicas e de dieta das receptoras e realizam todos os procedimentos, até o encaminhamento do material genético aos laboratórios.

São cinco etapas ao todo, a preparação das receptoras, a aspiração folicular, o desenvolvimento do embrião, a transferência do embrião e o diagnóstico da gestação. Para se chegar aos embriões produzidos por aspiração folicular, os osfolículos são transportados de avião até laboratórios no interior do estado de São Paulo, em São José do Rio Preto.

Tudo começa muito antes dos procedimentos genéticos, com a avaliação nutricional e sanitária do rebanho, as equipes se dividem nesse trabalho. Enquanto uma vai na frente preparar as vacas, realizar o sincronismo hormonal; outra equipe acompanha o processo no campo até a chegada do material colhido nos laboratórios

O tempo da transferência de embriões é pré fixado em 58 dias, diminuindo custos, riscos e atendendo a demanda dos criadores de gado que precisam melhorar geneticamente o rebanho em um menor espaço de tempo. “Com esse trabalho, é possível fazer 20 anos em sete”, afirma Luis Henrichsen, zootecnista, sócio diretor do IBS. O fator tempo torna-se cada vez mais importante para o planejamento da criação, principalmente diante dos novos mercados que se abrem e do recente acréscimo nos preços de grãos, no mundo, que tem impactado o custo de produção da pecuária·

 Vantagens e genética 

O trabalho dos médicos veterinários do IBS com os animais começa muito antes dos procedimentos genéticos, é quem determina o sucesso da iniciativa do GENE LEITE-GENE CORTE. “Genética sem alimentação, sem controle da saúde animal, não adianta, são muitos fatores envolvidos, é como ter uma Ferrari e não colocar combustível”, afirma o médico veterinário do IBS, Daniel Delefine. Depois, é preciso escolher as receptoras, as chamadas barrigas de aluguel, que passam por um tratamento hormonal em um processo sincronizado, para entrarem no cio ao mesmo tempo.

No caso das crias destinadas ao abate, a técnica garante que os nascidos representem 100% dos genes de alta qualidade do reprodutor macho e da mãe. Com isso, tanto os níveis de produção de leite são elevados como diminui-se o tempo do abate, com melhoria da qualidade das carcaças. A técnica para o monitoramento da fecundação permite também escolher o sexo do animal e, com os embriões sexados, o produtor define o tipo de animal que quer gerar para corte ou para leite.

Vantagens culturais e econômicas

O projeto Gene Leite e Gene Corte leva ao produtor os últimos conhecimentos científicos da área, um dos grandes entraves encontrados para melhorar a produção no país. A oportunidade transfere tecnologias às regiões mais distantes, alavancando o desenvolvimento econômico local. A técnica se sobrepõe à detecção visual dos cios dos animais que podem variar de acordo com os diferentes tratamentos, o que dificulta o planejamento e o manejo da atividade.  “Estamos tendo uma aceitação muito boa, é possível levar inovação e tecnologia para os pequenos negócios. Tenho convicção de que estamos apenas começando. Acredito que, em breve, instituições como o Banco do Nordeste, Banco do Brasil, sistema FAERN/SENAR, Emater e EMPARN irão se juntar nesse esforço de fortalecimento da pecuária potiguar”, afirma o gestor do Sebrae/RN, Acácio de Brito.

Mais informações:
Assessoria de Imprensa IBS
Fone: (19) 8289-6888
[email protected]

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