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IBS conclui contrato de 3 anos de execução de Ater no Projeto Bahia Produtiva

O Instituto BioSistêmico (IBS) concluiu o contrato de 3 anos de execução da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) no projeto Bahia Produtiva. O Bahia Produtiva é de responsabilidade da CAR – Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional do Governo do Estado da Bahia e conta com a parceria do Banco Mundial. O IBS foi selecionado em um processo de concorrência pública para prestar serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural para associações e cooperativas de agricultores e pescadores familiares de diversos municípios da Bacia do Rio Corrente e Velho Chico, no oeste baiano.

Os trabalhos da equipe de Ater do IBS iniciaram em maio de 2017, no atendimento a 12 comunidades que em 2020 já eram 24. Em três anos, foram realizadas cerca de 500 visitas técnicas, 120 capacitações, 6 seminários territoriais e 9 oficinas de formação e monitoramento dos Agentes Comunitários Rurais (ACR).

Foram mais de 20 ACR capacitados nos mais diversos temas de interesse do projeto, como a adoção de práticas agropecuárias inovadoras, processos de gestão e Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Também foram trabalhados temas específicos, como a execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e acesso a mercados. Em 2020, 5 associações já executavam projetos do PAA, 4 ofertavam seus produtos para a merenda escolar de seus municípios, além de outras iniciativas fortalecidas, como as feiras e o delivery.

“Em grande parte das associações e cooperativas que atuamos, fizemos a revisão de estatutos, orientamos o aprimoramento de processos organizacionais e de gestão. Em todos os casos, levamos informação e desenvolvemos atividades de capacitação e formação em práticas agropecuárias sustentáveis”, destaca Sidnei Niederle, que atua como coordenador pedagógico pelo IBS no projeto.

A conclusão dos trabalhos estava prevista para maio de 2020, mas com as restrições e medidas de isolamento social impostos pela pandemia de Covid-19, a partir de março do mesmo ano, foram necessárias algumas mudanças. O trabalho de campo foi paralisado em março de 2020 e, nas semanas seguintes, a equipe de Ater manteve uma dinâmica de diálogo por meios digitais com os jovens ACR. “Buscamos orientar procedimentos e distribuir informações confiáveis, muito úteis naquele cenário de incertezas frente à pandemia”, afirma a engenheira agrônoma Suzane Nascimento, que atua na coordenação técnica do projeto pelo IBS.

Em abril de 2020 a CAR lançou um plano emergencial de Ater, que foi executado a partir de maio. O objetivo foi permitir aos agricultores e aos ACR a continuidade dos serviços à distância. A partir disso, a equipe passou a realizar videoaulas, palestras de capacitação com transmissão pela internet, além de produzir materiais técnico-pedagógicos. Os atendimentos presenciais foram retomados em setembro de 2020, respeitando uma série de protocolos de prevenção à Covid-19.

“A produção de videoaulas foi uma novidade no projeto e demandou elevado esforço da equipe técnica, que não estava acostumada com esse tipo de produção. Foram disponibilizadas 109 videoaulas, totalizando mais de 40 horas de gravação, além de diversos materiais técnico pedagógicos”, relata Sidnei.

De março a dezembro de 2020, a equipe de Ater do IBS produziu mais de 100 videoaulas.

Ele explica que um dos pilares do Projeto Bahia Produtiva é a busca pela garantia da segurança alimentar e nutricional para as famílias beneficiárias. “Com a pandemia da Covid-19, o tema cresceu em importância e devemos tratar disso em todos os espaços que atuamos, inclusive nas nossas casas. Para além da oferta regular de alimentos, precisamos nos atentar para a qualidade do que consumimos”, alerta.

Para o diretor de Ater do IBS, Claudio Pinheiro, a questão da qualidade e a busca pelo consumo de alimentos de fontes seguras impacta as relações de mercado, colocando novos desafios aos agricultores que produzem alimentos. “O uso mais intenso das redes sociais e outras ferramentas informacionais, estratégias de comercialização direta, produção rastreável, cuidados sanitários são tendências que se consolidaram. Portanto, é grande a responsabilidade dos extensionistas no sentido de capacitar os agricultores para este novo momento”, ressalta.

“A CAR está estudando junto ao Banco Mundial a continuidade dos atendimentos de forma a consolidar os projetos de desenvolvimento nos empreendimentos, o que contribuirá para a consolidação e abertura de novos mercados”, complementa Cláudio, após ter participado de reunião com os gestores do projeto.

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