O IBS participou do Seminário da Cadeia Produtiva do Leite da Nova Alta Paulista, realizado em Dracena/SP, no dia 13 de novembro. Na oportunidade, foram apresentados os resultados de projetos desenvolvidos pelo IBS, em parceria com o escritório regional do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) de Presidente Prudente, para o fomento da pecuária leiteira. Marcaram presença Luís Henrichsen e Fabiano Galli, respectivamente, diretor e consultor do IBS, os representantes do SEBRAE Kate Sidrão e Rodolfo Antonio Fachiano, ao lado de produtores que são atendidos nessa parceria.
Os técnicos e produtores rurais presentes puderam conhecer os projetos Vaca Móvel (unidade móvel que monitora a qualidade do leite), o CRIATF (programa de reprodução inteligente) e o Gene Leite (programa de transferência de embriões). Para representar cada um desses projetos, os produtores escolhidos foram José Roberto de Matos, Sérgio Mendonça e Wilson Cerazi, que são atendidos na parceria SEBRAE/IBS na região de Presidente Prudente.
Para Eduardo Viana, gestor do escritório regional do SEBRAE de Presidente Prudente, o diferencial do trabalho desenvolvido em parceria com o IBS é oferecer informação e tecnologia para o produtor, atendendo as demandas específicas de cada propriedade.
“O IBS atinge os melhores resultados e isso fica nítido no contato com os produtores atendidos pelo projeto, na forma como eles passam a gerir a propriedade como uma unidade de negócio”, ressalta Eduardo Viana.
O gestor do SEBRAE ressaltou a importância dessa parceria para a região que abrange uma das maiores bacias leiteiras do Estado de São Paulo. “A atividade leiteira é o que move nossa região. Temos que desenvolver cada vez mais esse projeto, dando a oportunidade do pequeno produtor crescer, mostrar o seu potencial e permanecer no campo”, afirma.
PIONEIRISMO
Entre os produtores que marcaram presença, Wilson Cerazi deu o depoimento dele como o primeiro produtor a aderir ao projeto Gene Leite. Trata-se de um empreendimento biotecnológico para o melhoramento genético de bovinos por meio de transferência de embriões e fecundação in vitro, em tempo predeterminado.
“Eu me sinto realizado por ter acesso a essa tecnologia de ponta para obter os melhores resultados na minha propriedade”, relata o produtor. Na primeira etapa, foram inseminadas 25 vacas e, ano que vem, as inseminações continuam a ser realizadas pelo projeto.Para quem estava acostumado a um sistema bem diferente de criação de gado leiteiro (sem planejamento e práticas adequadas), é motivo de orgulho estar preparado para receber e levar a tecnologia de transferência de embriões adiante. “Eu sou do tempo em que não havia trato para o gado. Era só largar as vacas no pasto e o que viesse de leite seria lucro”, comenta Wilson Cerazi.
A mudança de visão foi possível quando ele começou a ser atendido pelo SEBRAE/IBS há 3 anos. “Eu comecei a fazer os piquetes, diminuindo custos com ração e silagem, passei a controlar melhor o ciclo reprodutivo das vacas, construí o espaço adequado de ordenha e tirei os tambores de leite de cena. Agora, a ordenha é toda mecanizada”, conta com entusiasmo. Além disso, ele investiu em maquinário e estrutura para plantar e colher milho para produzir a silagem consumida no sítio.
O produtor garante que foi um período de muito aprendizado enquanto recebeu os atendimentos. “Hoje, eu me sinto preparado a alçar voos mais altos com uma visão de planejamento que antes eu não tinha e sabendo que os resultados virão”, adianta.