O CDT é uma parceria entre o IBS e a Fazenda Areia Branca
Quando o resultado da aplicação de uma inovação tecnológica pode ser visto na prática, fica mais fácil passar essa tecnologia adiante para que seja desenvolvida em determinado segmento. Pensando nisso, o Instituto BioSistêmico (IBS), em parceria com a Fazenda Areia Branca, abriu o Centro de Difusão de Tecnologia (CDT), no município de Pombal, no sertão da Paraíba.
Com o objetivo de disseminar tecnologia para o desenvolvimento da pecuária leiteira no sertão nordestino, a parceria foi consolidada em dezembro de 2014. Nos anos anteriores, a Fazenda Areia Branca já era considerada referência na realização de dias de campo e visitas orientadas para disseminação de técnicas direcionadas ao fomento do setor leiteiro da região.
“A criação do Centro de Difusão de Tecnologia vem suprir as necessidades observadas a campo pelos técnicos da regional Nordeste. Geralmente, o produtor oferece certa resistência às novas tecnologias. E quando ele vê a tecnologia empregada e dando certo, fica mais fácil dele empregar essas inovações em seu empreendimento”, explica o diretor da unidade IBSpec, Daniel Delefine.
De acordo com o diretor do IBS, o CDT demonstra que as tecnologias superam adversidades comuns no sertão nordestino, como clima seco e falta de água. “O centro é a materialização do que o IBS vem disseminando todos esses anos na regional NE, que é o desenvolvimento sustentável das famílias de agropecuaristas, com uso de tecnologia e respeito às normas vigentes”, ressalta.
Resultados no campo
Na propriedade, que recebe a consultoria do IBS em parceria com o Sebrae da Paraíba há três anos, estão sendo cultivadas diferentes variedades de palma. Conforme explica o coordenador do IBS no Nordeste, Fernando Gomes, a cactácea consome pouca água para se desenvolver e tem uma boa reserva hídrica na composição. Quando inserida na alimentação do gado, os animais tendem a consumir menos quantidade de água, além de aumentar a produção de leite.
Na propriedade, estão sendo cultivadas diferentes variedades de palma para difundir a cultura na região
“Graças ao trabalho de conscientização feito pelo consultores do IBS entre os produtores, abordando a viabilidade do cultivo da palma e as vantagens na nutrição do rebanho, a planta foi introduzida com êxito nas propriedades atendidas na região”, destaca Fernando Gomes.
Segundo ele, estão sendo desenvolvidos sistemas de pastejo rotacionado com os capins Tanzania e Tifton, além do cultivo de sorgo de alta produção e capineira da variedade Elefante (para a producao de silagem). As instalações da fazenda estão sendo aperfeiçoadas para garantir o conforto e o bem estar animal e facilitar o manejo do rebanho e manejo de ordenha mecânica.
“Pretendemos implantar uma unidade demonstrativa de irrigação por gotejamento para plantação de palma, com uso de energia solar. Também demonstraremos técnicas de melhoramento genético como inseminação artificial por tempo fixo, fertilização in vitroe transferência de embriões”, adianta o coordenador do IBS no Nordeste.
Os resultados da tecnologia no campo serão compartilhados por meio de dias de campos e visitas isoladas de produtores à Fazenda Areia Branca. Serão priorizados os produtores atendidos nos projetos executados pelo IBS em toda a região Nordeste.
