Registro de atendimento realizado em 2016, ano em que o IBS começou a utilizar o Agrotrace.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) divulgaram recentemente a edição 8 de uma série de boletins informativos sobre sistemas alimentares da FAO-CEPAL e COVID-19 na América Latina e no Caribe. O boletim 8 aborda a oportunidade da transformação digital como um caminho frente à crise mundial desencadeada pela pandemia do coronavírus.
Nesta edição, foram apresentadas iniciativas em andamento na região, dentre as quais a plataforma Agrotrace do Instituto BioSistêmico (IBS). Para falar sobre a ferramenta utilizada em projetos de agricultura executados pelo IBS no Brasil, Priscila Callegari e Luís Henrichsen, respectivamente diretora de agricultura e o diretor corporativo do IBS, concederam entrevista à FAO. Clique aqui e acesse o boletim na íntegra!
Conforme editorial do boletim da FAO-CEPAL, a pandemia desencadeou uma crise não apenas na saúde, mas também na economia. Nesse cenário – em que alcançar a sustentabilidade econômica, social e ambiental é cada vez mais essencial para o planeta – o sistema agroalimentar precisa de soluções urgentes e inovadoras. Nesse sentido, a digitalização é um caminho recomendado. O futuro dos sistemas agroalimentares dependerá em grande parte de como as partes interessadas na agricultura serão capazes de tirar proveito da transformação digital para melhorar a inclusão, a eficiência e os impactos ambientais.
Agrotrace
O sistema Agrotrace foi concebido pelo IBS com o intuito de dar suporte aos atendimentos de campo para qualificação e desenvolvimento de produtores, realizados pela assistência técnica desde 2016. Desde então, o sistema vem sendo aperfeiçoado com a experiência de atendimentos anuais de mais de 2000 Agricultores Familiares produtores de Soja comercializada através do Programa Combustível Social – Biodiesel.
“Com o Agrotrace trouxemos confiabilidade ao processo, precisão de dados, celeridade nas informações e praticidade para o assessor técnico, pois com o uso dos aplicativos móveis os dados são obtidos e processados com maior velocidade e confiabilidade”, afirma Priscila Callegari.
De acordo com a diretora de agricultura do IBS, em 2018, foi implementada a funcionalidade de qualificação de fornecedores de produtos agrícolas, estruturada a partir dos programas de sustentabilidade e qualidade, atendendo anualmente mais de 200 fazendas no Brasil. Isso gerou um prêmio adicional por qualificação de mais de US$ 250 mil em 2019/20 aos produtores.
“Essa funcionalidade possibilita o monitoramento das atividades com base num standard de produção e boas práticas, que é definido pelo cliente ou projeto e pode ser acoplado para qualquer cultura. As versões mais atualizadas estão possibilitando a autoavaliação dos produtores e, consequentemente, atendimentos remotos para orientação de correção das não conformidades observadas”, acrescenta Callegari.
Conforme explica Luís Henrichsen, a pandemia está acelerando o acesso e as consultas para a implementação dos atendimentos remotos. “Por conta da nossa experiência e a partir dessa plataforma já estabelecida, conseguimos ter agilidade para atender outras cadeias produtivas baseadas em programas de qualificação de fornecedores, como no caso de produtores de leite”, destaca.
Ele afirma que é essencial a oferta dos serviços de assistência técnica e extensão rural aos agricultores, como adequação ao cenário durante e pós pandemia da Covid-19. “Vejo como um divisor de águas do modo de operar esse trabalho tão importante para a soberania alimentar e segurança alimentar. Os atendimentos remotos vêm para complementar a qualificação e o desenvolvimento dos produtores e orientam a utilização de boas práticas e de novas tecnologias de produção”, pontua.