Artigo baseado em pesquisa realizada pelo Instituto BioSistêmico (IBS) em parceria com a Unicamp, por meio do Laboratório de Agronegócio (LAG), no âmbito do projeto Conexão Mata Atlântica, foi publicado na edição v.28 n.3 (2024) da Revista de Administração Contemporânea (RAC), renomado periódico científico criado pela ANPAD (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração). “Um estudo do impacto de Pagamentos de Serviços Ecossistêmicos na Mata Atlântica usando dados geoespaciais” também foi premiado como artigo inovador no XLVII da ANPAD em 2023.
“Esse artigo demonstra, com validação científica, o impacto do projeto Conexão Mata Atlântica nas regiões atendidas. Após a premiação, agora vem a consolidação desse importante estudo com a publicação na RAC, uma das maiores revistas da área no Brasil, com reconhecimento internacional e grande repercussão no meio científico e empresarial”, pontua o fundador e diretor-presidente do IBS, Ricardo Cerveira, que é doutorando na Unicamp e foi um dos autores do artigo.
A elaboração do estudo também contou com a participação das pesquisadoras Nágela Bianca do Prado (Unicamp) e Gabriela Tonini (Instituto BioSistêmico), sob a coordenação do Professor Dr. Christiano França da Cunha – docente da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (FCA/Unicamp).
“Essa é uma conquista da parceria entre IBS e Unicamp. Quero agradecer meu orientador do doutorado, Prof. Dr. Christiano França da Cunha, que fomentou essa frutífera parceria, com mais de cinco artigos publicados, oito apresentações em congressos e muitas outras ações”, destaca o diretor do IBS.
Cerveira afirma que a colaboração consolidada entre o IBS e o LAG da FCA/Unicamp desmistifica a ideia de que o meio acadêmico costuma se distanciar das questões do dia a dia da sociedade. “Nessa relação, aproximamos a pesquisa e a inovação com a aplicação no campo, gerando impacto positivo para a sociedade. Esse é o intuito do LAG: trazer inovação e inteligência de negócios para que possamos, por meio do IBS, aplicar em projetos, agregando oportunidades e melhorias nas ações executadas”, ressalta.
O diretor do IBS acrescenta que é fundamental avaliar o impacto das ações executadas no campo, sejam operacionalizadas pelo IBS ou por um conjunto de executores dentro de um projeto como o Conexão Mata Atlântica. De acordo com ele, essa é uma forma de demonstrar a efetividade das ações para os parceiros envolvidos e para a sociedade.
“Nesse estudo publicado na RAC, mostramos o impacto do programa Conexão Mata Atlântica nas áreas de abrangência. De forma simples, o programa estimulava ações ambientais através de Pagamentos por Serviços Ecossistêmicos. O impacto foi muito positivo, evidenciando que esse programa é economicamente viável e interessante para sociedade como um todo”, explica Cerveira.
Sobre a relação de cooperação com a Unicamp, ele afirma que permitiu ao IBS desenvolver novas frentes de atuação. “Passamos a medir o impacto, com métodos robustos e validados cientificamente. Além disso, trazemos uma cultura, tanto interna como para nossos parceiros, de uso de dados para tomada de decisões (data driven). Podemos agregar nos projetos os dados por eles produzidos como base, gestão e orientação para demonstração dos resultados e melhoria nos processos e no negócio em si, facilitando a conquista dos objetivos desejados”, reforça.
Sobre o Conexão Mata Atlântica
Projeto de recuperação e proteção dos serviços do clima e da biodiversidade do corredor sudeste da Mata Atlântica brasileira, o Conexão Mata Atlântica foi executado pela Fundação Florestal e pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), no Estado de São Paulo. A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) esteve à frente da gestão dos recursos e o financiamento foi do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com recursos do Global Environmental Fund (GEF).
De 2018 a 2023, o Instituto BioSistêmico executou a assistência técnica e extensão rural do projeto, na região do entorno do Parque Estadual Serra do Mar – NITA. Nesta região, foram atendidos cerca de 360 produtores nos municípios de Itariri, Miracatu, Pedro de Toledo e Peruíbe, abrangendo uma área de 69.968 hectares.
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