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Assentado de Serrana-SP transforma lote em unidade de referência em produção agroflorestal

No sítio Paraíso, além da produção de banana, tem milho, batata doce, abóbora, entre outros alimentos.

No sítio Paraíso, além da produção de banana, tem milho, batata doce, abóbora, entre outros alimentos.

O lote do assentado Agnaldo Vicente de Lima, beneficiário do assentamento Sepe Tiaraju, no município de Serrana-SP, tornou-se unidade de referência do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias. Elaborado pelo pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Luiz Octávio Ramos Filho, esse programa é financiado pelo Banco Mundial e executado pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo com apoio técnico do Instituto BioSistêmico (IBS), para a implantação dos sistemas agroflorestais (SAF’s).

O projeto Microbacias visa o fomento de agricultores familiares através do incentivo à produção de alimentos aliada à preservação ambiental. Na unidade de produção batizada de “Sítio Paraíso Agroecológico”, 2,5 ha são manejados através de sistemas agroflorestais, tecnologia que permite o consócio no mesmo local de culturas agrícolas com espécies arbóreas. Essa técnica de produção é considerada uma das mais sustentáveis, pois permite alocação de matéria orgânica proveniente da própria unidade de produção, assim como ocorre em uma floresta.

De acordo com a engenheira agrônoma do IBS, Perla Borges Garcia, os SAF’s propiciam benefícios como aumento da fertilidade do sistema, com redução dos custos de produção e da susceptibilidade ao ataque de pragas e doenças. Dessa forma, ocorre o aumento da produção obtida, como também a diversificação. No sítio Paraíso, o carro chefe da produção é a banana, mas há diversas culturas anuais como milho, batata doce, abóbora, entre outros alimentos.

“O viés agroecológico do sítio é fruto da vontade e dedicação do assentado Agnaldo que fez a transição da unidade por iniciativa própria e foi contemplado pelo Projeto Microbacias”, destaca Perla. Para transição da unidade, o agricultor contou com o apoio e orientação do IBS que atua na assistência técnica para o assentamento Sepe Tiaraju, via chamada pública e contrato com o INCRA/SP desde 2012.

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