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Agricultores iniciam o plantio de soja mais tarde em função do atraso nas chuvas

Programa de Agricultura Familiar ad Cargill - Safra Soja 2020/21

Para a safra de soja 2020/21 é esperado um novo recorde de produção no País, com aumento de 3,81% da área plantada, que deve alcançar 38,43 milhões de hectares, de acordo com a Aprosoja Brasil. Na produtividade, espera-se uma aumento de 0,76%, chegando aos 3,36 toneladas/ha, com produção prevista de 129,15 milhões de toneladas do grão, um crescimento de 3,44% em relação ao ciclo 2019/2020.

Mas a falta de chuva nas principais regiões produtoras do Brasil tem preocupado os produtores, pois falta umidade no solo para iniciar a semeadura, o que poderia comprometer as previsões de safra recorde. Esse foi um dos principais aspectos destacados pelos engenheiros agrônomos que atuam na assistência técnica a lavouras de soja, pelo programa de agricultura familiar da Cargill, nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

O período de plantio foi iniciado oficialmente em 16 de setembro no País, mas grande parte das lavouras atrasou a semeadura e não foi diferente entre os agricultores atendidos no programa. De acordo com o engenheiro agrônomo Emílio de Faria Palhares, que atende pelo programa em municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, grande parte dos agricultores dessas regiões iniciou o plantio no final do mês de outubro.

“As chuvas, que costumavam cair já em setembro, chegaram apenas no final de outubro. E mesmo com o início das chuvas, recomendamos cautela aos agricultores, pois é necessário atingir uma faixa de 70 milímetros pelo menos para iniciar o plantio. Muitas áreas ainda não iniciaram o plantio, pois não atingiram esse mínimo ainda”, relata o engenheiro agrônomo.

No Mato Grosso do Sul, nas regiões dos municípios de Caarapó, Maracaju, Sidrolândia e São Gabriel do Oeste, grande parte dos produtores iniciou plantio a partir de outubro. “Alguns iniciaram e depois suspenderam porque parou de chover, mas já reiniciaram o plantio que ainda não foram concluídos nessas áreas que atendemos”, afirma o engenheiro agrônomo Thadeu Rincão que atua pelo programa nesses municípios do MS.

Nas regiões Sudoeste e parte do Sul do Estado de Goiás, onde o engenheiro agrônomo Valeriano Leão atua pelo programa, os agricultores iniciaram o plantio no final de outubro, como de costume. De acordo com ele, o regime de chuvas está dentro da normalidade nas regiões atendidas.

“Com o advento da tecnologia intacta, o controle de pragas está muito facilitado, mas devemos seguir de olho, principalmente com a lagarta Spodoptera que já vem sendo motivo de aplicações de inseticidas em algumas regiões. Também é importante seguir o manejo dos fungicidas, dando preferências para produtos mais atuais para evitarmos doenças e termos melhor produtividade”, destaca Valeriano.

A lagarta Spodoptera tem sido motivo de preocupação também no Mato Grosso do Sul. “Na safra passada, tivemos ataques severos dessa lagarta às lavouras. É preciso estar atento também aos percevejos. Monitorar a lavoura e fazer o controle dessas pragas é fundamental. Com relação a doenças, os produtores têm feito as aplicações corretas de fungicidas, mantendo um bom controle”, afirma Thadeu Rincão.

Apesar do atraso das chuvas, as expectativas são boas para a safra 2020/21, segundo os consultores do programa de agricultura de familiar da Cargill. Eles afirmam que a cada nova safra, o que se espera é superar a safra anterior.

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