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A heveicultura também é demanda de produtores no Instituto Biosistêmico

Produção em Votuporanga-SP

Produção em Votuporanga-SP, fotos:De Angelis

A equipe de técnicos do projeto AGROSEBRAE orienta o manejo de seringueiras (heveicultura) em municípios paulistas como Votuporanga, Américo de Campo, Álvares Florence, Macaubal e Barretos. O técnico do IBS atuando no programa AgroSebrae, o engenheiro agrônomo, Tadeu de Angelis realiza atendimento no campo e reuniões técnicas com produtores. A mesma ação é desenvolvida em assentamentos rurais onde o Instituto Biosistêmico também atua, pela Chamada Pública com o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária/SP. Dados da Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor) mostram que o Estado de São Paulo é o maior produtor brasileiro de borracha, com 34% da produção nacional, seguido por Mato Grosso (29%) e Bahia (15%). Como o mercado nacional consome mais do que produz e a demanda mundial está aquecida, o cultivo de seringueiras recebe diversos incentivos. “Está crescendo muito no estado e nosso papel é orientar o manejo adequado, gerando renda e mais opção para o produtor”, avalia o agrônomo.

foto 4 acompanha a foto 3tadeu foto 3  sangrador do sr Armando Paiola em Poloni  SP  painel com ferimento antes do atendimento depois da consultoria sem ferimento

Bem planejado, o seringal pode ser uma poupança

 Das onze espécies conhecidas, a originária do Brasil é a Hevea Brasiliensis, com maior capacidade produtiva e variabilidade genética na chamada – heveicultura. A planta seringueira além de produzir o látex, no final do ciclo produtivo fornece madeira, sendo que as sementes podem reproduzir mudas e óleos para a fabricação de tintas e vernizes ou até servirem para a industrialização de ração para aves. A desvantagem é o tempo que a árvore leva para começar a produzir – cerca de seis anos, mas a vida útil é de 35 anos ou mais e, na fase produtiva, a renda é o ano todo. A cultura é vista como uma poupança de alta rentabilidade, quando comparada com outros cultivos. A seringueira demanda menos mão-de-obra, fator que também tem atraído o investimento em assentamentos como o Reunidas, Promissão-SP onde o Instituto Biosistêmico também atua pela Chamada Pública com o INCRA- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária/SP. Outro fator que gera segurança é a garantia de comercialização, com acesso a créditos, inclusive pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Assistência Técnica também nos assentamentos

Assistência Técnica também nos assentamentos, foto SC

 

 

Dados do “Centro de Divulgação Cientifica e Cultural da USP” mostram que a espécie tem grande capacidade de reciclagem do gás carbônico emitido na atmosfera, mas necessita retirar do solo uma grande quantidade de água – a produção do látex chega a conter 68% de água. Por isso o mais importante é planejar quanto plantar para manter a saúde do seringal e a manutenção de outras culturas na mesma área. “É possível manter a seringueira com culturas como milho, feijão, quiabo, entre outras”, afirma o técnico Tadeu de Angelis. Em áreas muito extensas ou próximas de monoculturas em geral a seringueira costuma ser mais frequentemente atacada por pragas e doenças que podem ser controladas com orientação técnica adequada.

 

 

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