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Projeto melhora genética do rebanho potiguar

O projeto conta com a estruturas, como o vaca móvel, que está em exposição na festa do Boi. Foto: Marco Polo

Para desenvolver a produção leiteira e de corte, melhorar a organização econômica rural, promover o manejo nutricional e sanitário do rebanho e maximizar o potencial genético da criação, o Sebrae no Rio Grande do Norte está desenvolvendo, em parceria com o Instituto Biossistêmico (IBS), de Piracicaba (SP) o projeto Gene Leite – Gene Corte.

Trata-se de um programa biotecnológico para melhoramento genético de bovinos, por meio de transferência de embriões e fecundação in vitro. O projeto tem o apoio da Associação Norteriograndense dos Criadores (Anorc) e da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ).

A iniciativa já está em andamento e participam do projeto 25 criadores potiguares. Aproximadamente 30% saem na frente com as questões sanitárias e de nutrição do rebanho já analisadas pelo IBS por meio de visitas técnicas dos laboratórios móveis RufiãoMóvel e VacaMóvel, unidades que vão até as propriedades rurais.

Cada procedimento do Gene Leite – Gene Corte começa com 20 ou 30 vacas receptoras, que são monitoradas de forma sincronizada com outras cinco ou sete fêmeas doadoras. Todas com o mesmo tempo de vida. Com o modelo, são gerados em menor tempo, animais do mesmo pai e mãe. O que representa um salto econômico para quem esperava os nove meses gestacionais.

A atuação dos veterinários garante resultados positivos de prenhes, em um maior número de crias ao ano. E o tempo da coleta dos óvulos, das melhores vacas e do sêmen dos melhores touros, até o processo de desenvolvimento do bebê de proveta é determinante para os resultados finais nos laboratórios.

Todo o trabalho começa no campo, de madrugada ou ao entardecer, com o material genético seguindo rapidamente do Rio Grande do Norte para o laboratório credenciado no projeto, localizado no interior de São Paulo, município de São José do Rio Preto. O Gene Leite – Gene Corte é coordenado pelo IBS, que disponibiliza veterinários para desenvolver e replicar tecnologias.

Incubadora

O trabalho é uma das primeiras ações da Incubadora Tecnológica em Melhoramento Genético de Bovinos, instalada no campus do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado (IFRN) em Currais Novos. A parceria entre o Sebrae e os produtores começou no mês passado e, até dezembro, estima-se gerar 250 prenhezes no Rio Grande do Norte de animais de alta qualidade genética, com previsão de comprovada gestação em 58 dias, tempo considerado recorde.

A proposta do programa exige uma equipe de especialistas. “Estamos tendo uma aceitação muito boa, é possível levar inovação e tecnologia para os pequenos negócios. Tenho convicção de que estamos apenas começando. Acredito que, em breve, outras instituições irão se juntar nesse esforço de fortalecimento da pecuária potiguar”, afirma o gestor do projeto de Leite & Derivados do Sebrae-RN, Acácio de Brito.

Uma das vantagens do Gene Leite – Gene Corte para melhorar a genética do rebanho é a redução do tempo entre a escolha dos animais doadores até a confirmação de prenhes das vacas receptoras. Os veterinários escolhem as vacas doadoras, avaliam as condições ginecológicas e de dieta das receptoras e realizam todos os procedimentos, até o encaminhamento do material genético aos laboratórios. São cinco etapas ao todo, a preparação das receptoras, a aspiração folicular, o desenvolvimento do embrião, a transferência do embrião e o diagnóstico da gestação.

O tempo da transferência de embriões é pré fixado em 58 dias, diminuindo custos, riscos e atendendo a demanda dos criadores de gado que precisam melhorar geneticamente o rebanho em um menor espaço de tempo.

Outro mérito do projeto é levar ao produtor os últimos conhecimentos científicos da área, um dos grandes entraves encontrados para melhorar a produção no país, que é o maior produtor mundial de embriões com 400 mil ao ano. A oportunidade transfere tecnologias às regiões mais distantes, alavancando o desenvolvimento econômico local. A técnica se sobrepõe à detecção visual dos cios dos animais que podem variar de acordo com os diferentes tratamentos, o que dificulta o planejamento e o manejo da atividade.

Serviço:
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