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Orgânicos – Que produtos são esses nas prateleiras?

Muitos já devem ter entrado em contato com a agricultura orgânica, por intermédio de algum tipo de mídia, porém tentaremos aqui dar uma noção mais ampliada do que isso significa.

A agricultura orgânica não é apenas um produto final como alimentos lights, hidropônicos, integrais, etc. Envolve muito mais do que um produto. Envolve uma maneira de fazer agricultura. É claro que alguns já estão se perguntando: mas que maneira é essa?

Inicialmente é importante esclarecer o modo com que a grande parte dos alimentos hoje é produzida. Praticamente todos nós comemos produtos da agricultura classificada como “convencional”. Tais alimentos são produzidos com o uso de adubos químicos e agrotóxicos. Essa é a maior diferença entre os produtos orgânicos e os convencionais: eles não são produzidos com o uso de tais práticas, portanto não tem possibilidade alguma de contaminação com produtos tóxicos e químicos.

Acalmem-se, os mais afoitos: a agricultura orgânica não é apenas a produção sem agrotóxicos ou adubos sintéticos químicos. Ela envolve outras tecnologias que são importantíssimas para viabilizar a produção.

A base de toda essa tecnologia é a natureza. A produção orgânica tem como premissa a produção em harmonia com a natureza, isto é, observando as leis ecológicas e utilizando-as para o bem do ser humano, mediante a produção de alimentos saudáveis e isentos de quaisquer contaminantes nocivos. Faz uso da biodiversidade, respeita a sustentabilidade da produção, prega a utilização do controle biológico de pragas e doenças das culturas, o emprego de adubos orgânicos e minerais naturais, enfim, uma lista extensa de técnicas de produção orgânica. Resumindo: toda agricultura orgânica prima pelas diretrizes de ser ecologicamente correta, socialmente justa, economicamente viável e culturalmente aceita.

Hoje no mundo, a agricultura orgânica cresce vertiginosamente em média 30% ao ano. Isso é importante, pois o mundo já a observa como uma alternativa ao risco que a agricultura convencional representa. Na Europa e nos Estados Unidos, a agricultura orgânica é uma realidade bem mais sedimentada. Existem supermercados especializados só neste tipo de produto. No Brasil, estamos um pouco atrasados neste quesito. Porém em algumas cidades, já vemos projetos bem avançados referente à produção orgânica e para tanto precisamos educar e informar o consumidor sobre esses produtos.

Além dos supermercados, podemos encontrar produtos orgânicos em varejões, feira orgânica, lojas especializadas e em cestas em domicílio. Isso confirma que toda cidade deve buscar incentivar a produção orgânica, começando principalmente pelos pequenos produtores, que atendem grande parte da demanda por esses alimentos. E são esses pequenos produtores, o maior foco da agricultura orgânica, haja vista que conseguem sair das dificuldades que a agricultura atual representa, possibilitando um aumento de renda e uma melhor qualidade de vida, diante de um produto diferenciado.

Por fim, solicitamos atenção: como a agricultura orgânica, sob a ótica mercadológica é bem interessante, o risco de aparecerem oportunistas de plantão é enorme. Por isso existe uma Lei Federal (que poderá ser lida na íntegra no site de Agricultura do Portal Orgânico – Tópico: Legislação), que regulamenta a produção orgânica, que introduz as certificadoras, que são empresas reconhecidas pelo Ministério da Agricultura, e que dá o aval e reconhecimento aos produtores e empresas que trabalham com produtos orgânicos. Para o consumidor, só fica o trabalho de ler o rótulo “orgânico” e exigir a presença do selo da certificadora de produção orgânica nos produtos.

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