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Agroindústria em Pedro de Toledo/SP está em fase final de construção pelo projeto Conexão Mata Atlântica

A agroindústria vem passando por testes de produção.

A Associação dos Empresários Rurais de Pedro de Toledo foi contemplada com um aditivo de Cadeia de Valor Sustentável para Organizações de Produtores Rurais do Projeto Conexão Mata Atlântica (Chamada Pública Finatec/GEF 002/2019). O investimento permitiu a finalização da agroindústria que vem sendo construída e servirá para o processamento da produção de frutas e hortaliças.

Com o funcionamento da agroindústria, os produtores do município de Pedro de Toledo/SP terão um melhor aproveitamento da principal matéria-prima produzida na região, a banana. A expectativa é produzir bananada, banana passa e banana chip, além de outros produtos de origem vegetal.

“Com a fábrica, nós vamos poder agregar valor aos nossos produtos, além de combater um desperdício de aproximadamente 10% de perda de banana nos sítios. Será possível aproveitar partes, como as pencas do final dos cachos que hoje são descartadas porque não temos como aproveitá-las”, destaca o presidente da associação, Josué Moreira.

A unidade de beneficiamento passa por adequações que atendem a legislação para a produção de alimentos, o que está sendo conduzido pela engenheira agrônoma Érika Fujita, que integra a equipe de assistência técnica e extensão rural (Ater) do Instituto BioSistêmico no Projeto Conexão Mata Atlântica.

Organização da produção

“Estamos trabalhando nas adequações para ter um fluxograma de fabricação, que é o percurso da matéria-prima até se tornar o produto acabado, processado. Esse fluxograma vai permitir que outros produtos de origem vegetal sejam processados para aumentar a diversidade do portfólio da agroindústria da associação” relata Érika Fujita.

A engenheira agrônoma explica que o fluxograma divide a unidade em diferentes áreas. Na área limpa, será feita a última limpeza detalhada com sanitização. Na área quente, onde deverão estar equipamentos como a fritadeira e a panela para fazer as massas, além da desidratadora. A área fria deve ser reservada para o descasque e é onde pode estar disposta a despolpadora também.

“Quando entrar em funcionamento, vamos priorizar o processamento de produtos que possam ser estocados e conservados em temperatura ambiente para reduzir gasto com energia elétrica num primeiro momento”, afirma Érika.

Com a possibilidade de estocar os produtos processados, além de agregar valor, os produtores ganham tempo de comercialização. Isso resolve um problema recorrente em períodos de safra da banana na região, quando a oferta é maior que a procura e muitos produtores acabam perdendo o produto ou são obrigados a baixar os preços.

“A agroindústria vem passando por pequenos testes de produção e já se vislumbra um excelente potencial para escoamento local dos produtos processados, como banana e mandioca chips”, adianta a diretora de agricultura e meio ambiente do IBS, Priscila Callegari.

Segundo o presidente da associação, a expectativa dos produtores de Pedro de Toledo é grande para ver a agroindústria funcionando, o que deverá estar resolvido nos próximos meses. Josué afirma que os produtores participaram de diversos cursos e palestras realizados pelo Conexão Mata Atlântica e estão preparados para manter o bom andamento da produção, colocando em prática os ensinamentos passados pela equipe de Ater do IBS no projeto.

“Nós temos os técnicos do IBS orientando o que deve ser feito para obter mais produtividade e qualidade. Passamos a fazer análise de solo para aplicar os produtos certos e na quantidade adequada, sem desperdício, o que nos trouxe ganhos econômicos. Essa parceria com o projeto Conexão Mata Atlântica viabilizou muitas melhorias para as propriedades e melhorou a autoestima dos produtores”, garante Josué.

Sobre o Projeto Conexão Mata Atlântica

O Conexão Mata Atlântica é um projeto de recuperação e proteção dos serviços do clima e da biodiversidade do corredor sudeste da Mata Atlântica brasileira. No Estado de São Paulo, é desenvolvido pela Fundação Florestal e pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility – GEF).

Desde 2018, o Instituto BioSistêmico executa a assistência técnica e extensão rural do projeto, na região do entorno do PESM-NITA. Nesta região, são atendidos 310 produtores nos municípios de Itariri, Miracatu, Pedro de Toledo e Peruíbe, abrangendo uma área de 69.968 hectares.

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